Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Agnaldo Timóteo diz ter saudades da convivência com Albano e Augusto Franco no Congresso
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Agnaldo Timóteo: uma vida entre a política, a música e uma memória afetiva

O cantor, compositor, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-vereador pelas cidades do Rio e de São Paulo Agnaldo Timóteo é um leitor do Portal JLPolítica e, na condição de membro de uma das listas de transmissão, vez por outra abre interlocução com o autor desta Coluna Aparte.

Na pauta, sempre observações positivas de que da classe política de Sergipe deve se unir em torno dos interesses do Estado. Apesar de estar fora de mandatos - ele até pensou em disputar a Câmara Federal ano passado por sua Minas Gerais, mas não avançou, embora tenha buscado uma vaga na Câmara Municipal do Rio em 2016 sem sucesso -, e de seguir tocando em frente a sua longeva carreira artística, Agnaldo Timóteo permanece um observador político. Ativo. Crítico e fustigante.

E de memória afetiva para a área e para as pessoas com as quais se relacionou na esfera política. Esta semana, numa destas conversas com Aparte pelo WhatsApp, Timóteo manifestou interesses em saber detalhes da atuação da família Franco na política de Sergipe atualmente. “E a família Franco, como vai?”, perguntou o cantor.

“Está viva, economicamente. Mas sem representatividade nos espaços políticos. Sem nenhum deputado. Sem sequer, Agnaldo, um vereador de Aracaju”, respondeu-lhe a Coluna. No que ele evocou imediatamente a importância a importância dos Franco.

“Terá o eleitor daí ideia do que significou e significa para Sergipe a família Franco?”, questionou. A Coluna consentiu imediatamente que sim. “Tem, Agnaldo. O Augusto Franco patriarca foi um gestor marcante. Mas você sabe que na político quem não se propõe, some”, respondeu-lhe.

“Lamento muito, pois minhas recordações desta família são maravilhosas. Augusto Franco, como deputado federal, e Albano Franco, como senador, pai e filho, foram meus colegas no Congresso Nacional”, ponderou o cantor.

“No meu primeiro mandato, obtido em 1982, com 503 mil votos num universo de seis milhões de eleitores do Rio, tive o privilégio de conhecer pessoas maravilhosas. Ali no Congresso, a família Franco, pai e filho, sempre deu para mim demonstração de extraordinário caráter, simplicidade no plenário e orientação para um Zé Mané como eu, que não sabia nada de política”, diz um Agnaldo bem-humorado.

E aquele relacionamento de quase 40 anos atrás Agnaldo Timóteo não esquece. “A minha saudade da família Franco é enorme, por tudo que ela me representou dentro do Parlamento Nacional, por voltar todo o seu trabalho para o Estado de Sergipe. Caramba, como esta gente me tratou bem”, diz o cantor-político.

Mas ele lembra de outros aspectos de Sergipe. “Saudades do meu show memorável de São Cristóvão”, relembra. Timóteo está evocando um dos eventos do Projeto Cidade da Seresta, que fora levado a cabo pelo Governo de João Alves (2003 a 2006), através do secretário de Estado do Turismo, Pedrinho Valadares.

Agnaldo Timóteo nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. A biografia dele mostra que gosta de política quase tanto quanto de música: entre 1982 e 2016, disputou 12 eleições. Safou-se bem em cinco - dois mandatos de deputado federal pelo Estado do Rio (1982 e 1994), um de vereador pela cidade do Rio (1996) e dois de vereador pela cidade de São Paulo (em 2004 e 2008) e tropeçou em sete - inclusive na disputa pelo Governo do Rio, em 1986.

Timóteo esteve em sete partidos - foi do PDT, passando pelo PDS e o PMDB. Quem há de negar que ele é uma grande figura deste Brasil identicamente grande?

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