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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

André Moura começa pré-campanha ao Senado acenando para um municipalismo forte
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André Moura: comprometimento com os prefeitos e arrastando Eduardo Amorim

Pouca gente parou para analisar, mas o discurso do deputado federal André Moura, PSC, no momento em que lançou sua pré-candidatura ao Sanado, no último dia 18, fez um aceno forte e significativo para um dos setores mais expressivos da política brasileira - e, logo, sergipana -, mas nem sempre lembrado, ou bem-tratado: o do municipalismo. O do prefeito municipal.
 
Boa parte da fala de Moura foi de comprometimento com essa parte da classe política. “Eu sou um entusiasta dos municípios sergipanos e brasileiros. Quero dizer que o nosso compromisso é com os prefeitos sergipanos. E quero falar mais para vocês: sou um municipalista e sei que é através dos municípios que nós podemos mudar o futuro de Sergipe e do Brasil, porque é no solo municipal que as pessoas moram”, acenou André.
 
E como se não bastasse ele próprio se comprometer com o municipalismo, ainda arrastou para a mesma vala o pré-candidato ao Governo, Eduardo Amorim, PSDB. “Eu sei que você, Eduardo, com a missão que recebe de povo e de Deus, vai fazer um mandato municipalista. Vai ser um governador municipalista, porque é através dos municípios que nós haveremos de encontrar soluções para tirar Sergipe dessa crise em que estamos vivendo hoje”, disse.
 
Tido como um político que traça uma carreira solo no segmento dos oposicionistas, voltado para seus valores e interesses, André Moura mostrou-se muito solícito e gregário, sempre armando uma passarela de inserção para Eduardo Amorim nesta questão da municipalidade e do aviamento de recursos federais para Sergipe. Sinal de harmonia?
 
“O que eu e Eduardo estamos fazendo pelos municípios, os que estão aí no poder há 12 anos nunca fizeram. Do ano passado para cá, através da força dos nossos mandatos, foram mais de R$ 1,3 bilhão para salvar Sergipe da maior crise que estamos vivendo. A gente chegou em Brasília para fazer a diferença. A gente não chega em Brasília para perder tempo. Para falar mal de quem quer que seja. O nosso tempo é para trabalhar”, disse.
 
Segundo André, é este diapasão de sintonia que deve ser posto em prática entre ele, Eduardo Amorim e os prefeitos de Sergipe a partir de 2019. “É por isso que nós mostramos que podemos fazer um Sergipe diferente. Um Sergipe respeitado, grande. Como nós, eu e Eduardo Amorim, estamos mostrando que construímos aqui em Sergipe um governo paralelo para salvar os municípios sergipanos”, disse.
 
André lembrou, por exemplo, que desses mais de R$ 1,3 bilhão, “mais de R$ 316 milhões estão mudando a face para melhor do povo de Aracaju”, em parceria com a gestão da capital. “Veja o que estamos fazendo por Aracaju, que é administrada por um prefeito que foi nosso adversário em 2016: estamos fazendo pelas pessoas, pela melhoria da qualidade de vida delas”, disse.
 
Para o pré-candidato ao Senado pelo PSC, “Sergipe foi por mais de 20 anos um dos três Estados do Nordeste que menos receberam recursos do Governo Federal”. “E nós juntos mudamos essa história. Viramos a página com a força do nosso trabalho. No ano passado, Sergipe foi o Estado brasileiro que mais recebeu, proporcionalmente, recursos federais. Temos que continuar tendo atitude, coragem e força para trabalhar”, demarcou.
 
André Moura tem condições de cumprir essas promessas de potencialização do municipalismo? É o político mais talhado para materializar esse compromisso? Essa coluna não é vidente e, portanto, não pode prever algo que ainda estaria remotamente por vir. André precisa fazer campanha, convencer os sergipanos de que merece ser senador, eleger-se e, então, tentar materializar o que prometera.
 
Mas os indicadores dele hoje em dia juntamente à prefeitada sergipana já não o desabona. Para começo de conversa, é um ex deles: começou a vida como prefeito do município de Pirambu, por onde foi reeleito e sabe, de costas próprias, as dores que sofrem os prefeitos. O quanto eles padecem para levar avante as tarefas e as obrigações de uma Prefeitura. A sorte, portanto, está lançada.
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