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Valmir de Francisquinho diz, sem festa: “Eu sempre acreditei que iria voltar”

Valmir de Francisquinho: em paz, alegre, mas contido

O prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, PR, recebeu com bastante moderação a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, nesta terça-feira, 11, dando o direito de ele retornar ao mandato do qual estava afastado desde o dia 20 de novembro do ano passado. Portanto, há quase quatro meses.

A decisão foi da Câmara Criminal, composta por três desembargadores - e foi por unanimidade. “Recebo esta decisão da Justiça agradecido a Deus e agradecido ao Judiciário que fez justiça. Não tem como não ficar feliz por ter sido reconduzido ao meu mandato”, disse Valmir à Coluna Aparte.

A discrição de Valmir diante do julgamento na manhã desta terça-feira, 12, o fez manter-se em Itabaiana. “Não fui a Aracaju acompanhar o resultado. Fiquei entre trancado em casa e a ida da minha casa para a casa da minha mãe e da casa da minha para a igreja. Só soube do resultado pelo advogado Evânio Moura. Não fui às comemorações do resultado”, diz ele.

“Eu sempre acreditei que iria voltar”, reforçou Valmir. Ele admite que deve reassumir de fato amanhã o espaço que esteve representado pela vice-prefeita Carminha Mendonça. E garante: não vai pra cima de Caminha com qualquer tipo de revanche. “Não tem nada disso não. Ela cumpriu a missão dela, a que lhe foi determinada pela justiça, e eu vou continuar cumprindo a minha parte também por uma determinação da justiça”, disse Valmir.

Para reconduzir Valmir de Francisquinho ao posto de prefeito depois de ele ter sido detido e afastado do mandato - o problema é a gestão do Matadouro Municipal de Itabaiana -, o advogado de defesa Evânio Moura alegou “o argumento da desnecessidade do afastamento e o princípio da proporcionalidade”.

O que é a desnecessidade do afastamento e como a fundamentou? “O afastamento já perdura por 120 dias, a investigação já foi concluída e não há mais a necessidade de ele permanecer afastado. Toda decisão judicial tem que ser proporcional e razoável. Nessa havia desproporcionalidade”, diz Moura. 

Segundo Evânio Moura, a reinserção de Valmir no posto de prefeito “é o tempo de expedir o ofício para a Câmara de Vereadores e a prefeita em exercício”. “Estou muito feliz. Ele vai reassumir o mandato que o povo lhe confiou”, disse Evânio Moura.

“Eu reassumo o mandato de prefeito de Itabaiana sem nenhum ressentimento contra nada e nem ninguém. E com a vontade de continuar trabalhando com seriedade e com responsabilidade, como sempre fiz pelo município e pelo seu povo”, diz o prefeito. Mas o processo contra Valmir de Francisquinho não se encerra aqui.

“Vamos acompanhar o andamento do processo. Ainda vai vir o período das audiências e há um longo caminho pela frente”, diz Evânio. “Espero dar continuidade ao processo, mostrar que não errei e revelar os problemas do Matadouro de Itabaiana, que são seculares. Eu sofri muito, até mesmo porque a gente reconstituiu o município de Itabaiana. Pegamos a cidade com R$ 33 milhões de débitos, com quatro meses de salários atrasados e resgatamos a autoestima do servidores”, diz Valmir.

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