Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Belivaldo Chagas diz ter compromisso com Hospital do Câncer, mas de “forma modulada”
Compartilhar

Belivado Chagas: “Quero que se construa uma unidade hospitalar voltada para a oncologia”

Belivaldo Chagas diz ter compromisso com Hospital do Câncer, mas de “forma modulada”
A ideia do governador do Estado de Sergipe, Belivado Chagas, PSD, é a de encampar, reeleito ou não, um Hospital do Câncer para o povo sergipano. Mas não nos moldes de um que tenha uma sede de quatro pavimentos, 27 mil metros quadrados de áreas construída e que custe recursos R$ 1 milhão por dia, como seria o que está projetado aí.

Há duas semanas, quando Belivaldo Chagas disse numa entrevista que seria pesado ter um HC que custasse R$ 1 milhão por dia aos cofres do Estado, muita gente tomou isso como uma indisposição dele de fazer esta obra. Ele nega isso. “Não se trata de não fazer o Hospital do Câncer. Trata-se de não fazer o HC da forma que foi projetada, com um prédio que seria construído com 27 mil metros quadrados”, diz Belivaldo Chagas, com exclusividade à Coluna Aparte.

Belivaldo Chagas chama a atenção para o fato de que o projeto atual não atentou para alguns pontos de conexões de serviços entre o Huse e o HC. Ele promete corrigir isso. Sobre esta futura obra tão comentada - afinal o câncer parece ter uma desmedida pressa nos tempos atuais -, mas que está engasgada há anos, o governador do Estado fala muito mais. Vale a leitura desta conversa dele com Aparte.
 
Aparte - De onde o senhor tirou a tese de que o Hospital do Câncer de Sergipe custaria R$ 1 milhão por dia?
Belivaldo Chagas –
Isso deriva do custeio calculado pelo tamanho da unidade. Isso se faz pela capacidade de funcionamento. O levantamento técnico foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde, pelo próprio secretário. E isso é pela capacidade instalado. Pela necessidade. A partir disso você pode calcular o custeio médio, e seria em torno desse valor que já falei. É possível fazer esse cálculo também a partir do Huse, que custa não sei quantos milhões por mês. 

Aparte - Quando o senhor apresenta esse cálculo, está dizendo que num eventual futuro governo seu não faria o Hospital do Câncer?
BC
- Não. Não se trata de não fazer o Hospital do Câncer. Trata-se de não fazer o HC da forma que foi projetada, com um prédio que seria construído com 27 mil metros quadrados. 

Aparte - Assim ele custaria quanto?
BC -
Ele teria um custo de R$ 100 milhões só para a construção, mais R$ 70 milhões para equipar e aproximadamente aqueles R$ 1 milhão/dia para fazê-lo funcionar. 

Aparte - E qual seria a alternativa?
BC -
O que estamos querendo é refazer o projeto, e deve ser publicada já nesta quinta-feira, dia 27, a licitação para que o HC seja construído de forma modulada. 

Aparte - Como assim?
BC
- Por exemplo: a previsão não é de um prédio de quanto andares? Então faríamos um andar agora e de forma integrada aproveitaríamos o que tem no Huse, porque quando se previu o HC lá atrás não tínhamos aceleradores lineares, então hoje não é preciso construir outra ala para isso. Estamos vendo o que precisa ser feito para ampliar a atenção à oncologia e ir fazendo, mas não necessariamente de uma vez só. 

JLPolítica - Então quer dizer que o senhor não fecha os olhos para a realidade e o avanço do câncer?
BC -
Não. Pelo contrário. O que quero é, de forma integrada, fazer com que se construa uma unidade hospitalar voltada para a oncologia, agregando os serviços ao que já existe no Huse, porque quando você faz isso, quando agrega, reduz custos. Não precisaria de outra lavanderia, outra área de alimentação – se já as temos. Se precisar fazer uma ressonância magnética, já se faz no Huse. 

JLPolítica - Se o senhor for reeleito, o HC está na pauta?
BC -
Ele já está na minha pauta do atual mandato. O projeto já está andando.

Deixe seu Comentário

*Campos obrigatórios.