Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Danielle Garcia: “Do fundo do coração, gosto mesmo é de ser delegada”
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Danielle Garcia:  vocação pela técnica, mas quem sabe se a tentação política...

Numa conversa breve com a Coluna Aparte pelo WhatsApp, diretamente de Brasília, a delegada sergipana de Polícia Judiciária e coordenadora do Programa Nacional de Fortalecimento das Polícias Judiciárias no Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, Danielle Garcia, disse nesta sexta-feira, 23, que, “por enquanto” não lhe “desperta nenhuma vontade” de aventurar-se pelas disputas eleitorais e políticas partidárias.

Diante da provocação de que ela, em 2020 ou 2022, cairá fatalmente no rio da política, Danielle Garcia foi reativa. “Do fundo do coração, gosto mesmo é de atuar de forma técnica. Digo: de ser delegada. Mas o futuro a Deus pertence. Se eu sentir esse chamado no meu coração, quem sabe”, diz ela.

Há cerca de três meses Danielle Garcia está em Brasília, no Ministério da Justiça e da Segurança Pública, a convite do ministro Sérgio Moro, ocupando a potente Coordenadoria do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias no Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro.

Danielle brinca com esta situação e o posto que ela ocupa. “Parece piada, não é? No meu Estado, eu não servia para isso, mas para os outros 26 Estados, estou na Coordenação desse Programa”, diz ela.

Esta profissional de segurança pública comandou em Sergipe o Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública - Deotap - e foi demitida no dia 5 de setembro de 2017 pelo governador Jackson Barreto.

Ela teve forte atuação na investigação do esquema das verbas de subvenções pelos deputados estaduais na Alese, que depois que saiu deu em pizza, e em outros imbróglios da vida política de Sergipe.

Mas a estada de Danielle Garcia na Coordenadoria Nacional do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias no Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro tem prazo de validade.

“Meu prazo de permanência aqui vai até maio de 2020, podendo ser renovado por mais um ano, e enquanto eu estiver no Ministério da Justiça não posso me filiar a partido político, muito menos falar de política. Regra é regra”, diz ela.

Mas Danielle dá indicativos claros de que não está alheia às coisas do mundo da política sergipana. Na última quarta, 21, o senador Alessandro Vieira, Cidadania, reconheceu em nota aqui nesta Coluna Aparte o apego dela às coisas técnicas e fez acenos para em caso de ela querer mudar de itinerário.

“Danielle não é filiada a partido político e tem uma vocação muito forte para o trabalho técnico. Então, não tem essa missão (a de disputar a Prefeitura de Aracaju). Mas, se por acaso resolver ingressar na política, como eu decidi no ano passado, ela terá o meu integral apoio”, afirmou Alessandro.

Danielle captou a mensagem lá no DF e mandou de volta sinalzinho de fumaça. “Vi, sim. Achei legal ele me citar. Ou outras pessoas, e até mesmo as pesquisas que foram encomendadas. Isso é sinal de que fiz algo que ficou na memória das pessoas”, disse ela.

“De alguma maneira, isso é uma redenção pela forma não profissional com que fui tratada em Sergipe. Óbvio que gostaria de fazer muito mais pelo meu Estado, mas por questão de sobrevivência, tive que vir para Brasília”, disse.

Nestes três meses, Danielle Garcia pouco veio a Sergipe - a família dela está aqui, é casada com o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual Henrique Ribeiro Cardoso. “Apenas na semana passada estive de volta a Aracaju pela primeira vez. Ou seja, estou completamente mergulhada no meu trabalho aqui em Brasília”, avisa.

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