Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Demissão de Almeida é factoide; mas Belivaldo Chagas diz que quem “se adaptar” a seu estilo, fica. Quem não, “sai”
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Belivaldo Chagas: “Se adaptou ao meu estilo, fica. Não se adaptou, sai. Pode ser quem for” (Foto: Victor Ribeiro/ASN)

Não passa de um factoide a notícia circulada nesta terça-feira, 10, sobre uma hipotética demissão do secretário de Estado da Saúde, José Almeida Lima, pelo governador Belivaldo Chagas, em virtude dos problemas detectados pelo próprio governador no Huse e no Centro de Nefrologia, dado por inaugurado na quinta-feira, 5, mas na sexta-feira, 6, um dia depois, não existia mais.

Desde que o governador Belivaldo Chagas viu tudo isso de perto, expos expressivamente para a sociedade a sua desaprovação, conversou com Almeida Lima no começo da noite da segunda e recebeu dele um cronograma de conclusão do Centro de Nefrologia até o dia 20 e de outras atitudes em relação a pacientes do Huse, nada mais houve. 

A demissão de Almeida Lima, dada por certa por determinados espaços de mídia online, não passa de elevação do desejo pessoal à condição de notícia na expectativa de que se faça acreditada. Não quer dizer que Almeida não possa ou não mereça ser demitido. Mas não existe essa pauta, e muito menos a prefixação da sexta-feira próxima como uma data.

Na noite da segunda-feira, 9, mais de uma hora depois de ter recebido Almeida Lima para uma dura conversa-cobrança em Palácio, o governador Belivaldo Chagas falou por 15 minutos e quatro segundos com a coluna Aparte - iniciados às 22h04 -, reforçou toda a propositividade da sua visita ao Huse e ao Centro e Nefrologia, mas em nenhum momento falou de demissão de Almeida Lima. E nem da de nenhum outro secretário. 

Belivaldo Chagas sequer tratou o assunto pelo viés do ódio, da segregação dos gestores que trabalham com ele ou de revanches futuras, mesmo sem deixar de cobrar com rigor as exigências de ações positivas na Saúde e especificamente nas duas realidades vistas por ele naquele dia.

Especificamente no caso de Almeida, Belivaldo foi direto: “Chamei Almeida para uma conversa e é aquela história: “fulano fica ou sai?” Não existe isso de ficar ou de sair. Existe isso: “se adaptou ao meu estilo, fica. Não se adaptou, sai. Pode ser quem for. Eu não tenho compromisso com Almeida e não tenho compromisso com nenhum secretário”, disse Belivaldo.

“Meu compromisso é com a cobrança: sentei com ele uma hora e meia. Conversamos sobre a Saúde como um todo. Vou ampliar mais essa conversa sobre o todo da Saúde de Sergipe. E vou usar aqui um termo que usei para ele e Luiz Eduardo Prado, do Huse. Eu lhes perguntei: “Qual é o exame mais completo hoje na área da saúde? É um ressonância magnética?”. Me disseram: “Não. É o pet scan”. Pois eu quero um pet scan da Saúde de Sergipe””, disse Belivaldo. 

“Mas veja: da mesma forma, eu vou fazer um pet scan de todas as demais Secretarias de Sergipe. Antigamente se dizia eu queria um raio X de uma coisa. Depois evoluiu para a ressonância e hoje está no pet scan. E é isso que eu quero”, justificou. Para Belivaldo Chagas, o Governo é como um carro. E se esse automóvel precisar de um empurrão para pegar, diz ele, o primeiro a empurrar deve ser o governador. 

“Quem estava enganado com o Galeguinho, quebrou a cara. A gente não pode fazer mágica com essa crise. Mas, não sair empurrando o carro para ver se pega pelo menos no tombo é do que discordo. Onde eu puder pessoalmente fazer um esforço para empurrar o carro, eu vou empurrar. Não vou mandar ninguém empurrar não. Eu mesmo vou fazer isso. Fui hoje no Huse e volto de novo no decorrer desta semana”, disse o governador. 

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