As culturas são como rios, pois não se pode mergulhar duas vezes nas mesmas águas delas, porque elas estão sempre mudando, como bem disse o filósofo Heráclito.

Então, culturas se criam, alteram-se e se ressignificam. Ou seja, se reinventam. E assim está sendo feito com o maior Festival de Artes das décadas de 70 e 80, o Fasc - Festival de Artes de São Cristóvão. 

Cultura é no mínimo dois, como disse certa vez Gilberto Gil. Cultura é plural, e nada melhor para significar isso do que um Festival de Arte e Cultura. 

E em tempos sóbrios, receber de volta o Fasc de volta é um suspiro de esperança na luta pela democracia, a ampliação das políticas para a cultura e compartilhamento da arte com a população.

[*] É superintendente executivo da Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe. É músico e foi o titular da Secult até pouco tempo.