Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Eduardo D’Ávila diz que não teme boicote no comando do Ministério Público
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Eduardo D’Ávila: tudo como dantes o seu quartel de Abrantes

O novo procurador-geral do Ministério Público do Estado de Sergipe - MPE -, procurador de justiça Eduardo D’Ávila, empossado no último dia 12, disse nesta sexta-feira, 16, à Coluna Aparte, que não guarda qualquer temor de dificultação, boicote ou revanche ao seu trabalho de condutor geral desta instituição pelo fato de ter sido nomeado como o segundo mais votado numa eleição interna.

“Eu estou seguro de que a nossa gestão vai transcorrer em paz. Não temo revanche de jeito nenhum, até mesmo porque não tem motivos. O processo eleitoral do Ministério Público do Estado de Sergipe comporta as duas etapas, a da eleição e a da nomeação. As duas foram exercidas como determina a Constituição, e acabou. Não houve nenhum estorvo na opção feita pelo governador Belivaldo Chagas.  Nem acredito que o próprio Machado pense que houve”, diz D’Ávila.

O “próprio Machado” da fala de Eduardo D’Àvila é o promotor de justiça Manoel Cabral Machado Neto, que no dia 22 de outubro disputou com ele a eleição direta entre promotores e procuradores de justiça e foi o mais votado. Foram 104 votos a 58 para Eduardo D’Àvila. Formou-se ali uma lista dúplice e o governador Belivaldo Chagas canetou em favor do menos votado. A lei permite-lhe isso.

Além de estar seguro de que tocará o MPE sem traumas, Eduardo D’Ávila não faz populismo no sentido de intencionar a “incorporação” de Manoel Cabral Machado Neto ao comando da sua gestão. “Isso não. A minha composição, inclusive já foi feita, e é com outras pessoas”, diz Eduardo. A Chefia de Gabinete do MPE ficou com o promotor Arnaldo Sobral e a Secretaria Geral, com a promotora Maria Helena Lisboa.

Para Eduardo D’Ávila, Machado fechou as portas de uma somação administrativa. “Quando ele deixou a gente, inevitavelmente ficou difícil. Mas ele é uma pessoa por quem tenho muita consideração. Não tenho nada contra ele. Muito pelo contrário. Tenho dele conceito excelente. De 100% como um bom profissional do Ministério Público. Não tenho absolutamente contra ele”, diz.

O novo procurador-geral do Ministério Público do Estado de Sergipe está certo de que sua administração pelos próximos dois anos não vai ter que reinventar a roda dessa instituição. “O norte da nossa gestão será o bom exercício da atividade-fim do Ministério Público. E o que é isso? É o de que as promotorias funcionem com perfeição. É só disso que o Ministério Público precisa. Além disso, mais nada. Fora disso, é populismo que não serve para nada”, pondera Eduardo D’Ávila.

“O Ministério Público tem de cumprir o seu papel, e mais nada. A tradução literal disso é a de que ele preste um bom serviço às comunidades nas áreas onde elas tenham carências. Que os promotores identifiquem essas carências e que façam uma atuação, seja judicial ou extrajudicial, pela resolução delas. Cabe a mim, enquanto gestor, apenas dar os instrumentos para que esses promotores desempenhem o seu papel com perfeição. Insisto: além disso, mais nada”, diz Eduardo D’Ávila.

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