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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Eleição da Câmara de Lagarto: a situação deu um nó na oposição
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Eduardo de João Maratá: deu mesmo um zignal nos seus pares de oposição?

Diante do clima instável na política lagartense, por causa do afastamento do prefeito Valmir Monteiro, PSC, e a assunção da vice-prefeita Hilda Ribeiro, SDD, ao comando da Prefeitura, a oposição na Câmara de Vereadores achou que teria espaço para vencer a eleição pelo mando do Legislativo.

Com isso, os vereadores Washington da Mariquita e JC, ambos do MDB, e Alex Dentinho, PRB, se somaram como, respectivamente, vice, 1º e 2º secretários ao vereador Eduardo de João Maratá, PR, que levou a Presidência. Na última quinta, 13, a chapa formada por eles foi a única a concorrer, vencendo por unanimidade.

Festeja de lá, comemora de cá, soltados fogos acolá, tudo levava a crer que a oposição soube se aproveitar do momento e marcou um gol de placa, inclusive com o deputado federal Fábio Reis, MDB, oponente de Valmir Monteiro, Ibrain Monteiro, Hilda Ribeiro e Gustinho Ribeiro, se posicionando como um dos mentores da tomada do poder na Câmara. Leve-se em vez que Fábio é visto como candidatíssimo a prefeito em 2020. Ou pelo menos posa de.

Mas bastou uma declaração -apenas uma -, do novo presidente da Casa para jogar um balde de água fria no chopp dos oposicionistas. “Fui, sou e continuarei sendo aliado de Valmir, de Ibrain e de Gustinho”, disse Eduardo de João Maratá.

Isso significa que a prefeitura, seja com a volta de Valmir ou com a permanência de Hilda, terá uma Câmara com seu comandante aliado. Aliás, Eduardo de João Maratá foi um dos vereadores mais atuantes nas campanhas dos deputados eleitos Ibrain Monteiro, PSC, o estadual - que deixou Presidência da Câmara também na última quinta – e Gustinho Ribeiro, SDD, o federal. Ele vestiu camisa, pediu votos e “foi pra cima”, como se diz.

 

Mas a condição aliada de Eduardo de João Maratá não significa que a oposição saiu de mãos abanando, é claro. Ela é parte constitutiva da Mesa Diretora. Mas, como se sabe, quem manda no Legislativo, seja ele estadual, municipal ou federal, é o presidente. Que disso, ninguém duvide.

 

Assim como os oposicionistas lagartenses não duvidem de uma outra coisa: mesmo cantando vitória, ficou claro que eles é que foram “usados” pelos governistas para colocar um aliado na Presidência.

Ou seja: a situação deu um “balão” na oposição. Um verdadeiro nó, e segue governando Lagarto, repetindo, com Hilda ou com Valmir – tudo indica que Valmir volta já -, tendo na Câmara um vereador que não dificultará a vida da gestão municipal com as tão temidas pautas-bomba.

Mérito, nesse caso, como o próprio Eduardo de João Maratá fez questão de nominar, de Valmir, Ibrain e de Gustinho/Hilda. E assim a banda segue, com alguns ficando à toa na vida.

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