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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Exclusivo: Milton Andrade assume 33,33% do comando da Fanese
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Milton Andrade: estendendo os dedo largos a mais um negócio

A partir desta terça-feira, 5 de novembro, o empresário Milton Andrade, herdeiro do grupo de Zé da Suprema e investidor de várias frentes da economia sergipana, assume um terço - 33,33% - do comando da Fanese - Faculdade de Administração e Negócios do Estado de Sergipe.

A Fanese foi instituída pela Portaria n° 2.246 do Ministério da Educação em 19 de dezembro de 1997, a partir de uma ação educacional deflagrada pelo professor Edgar de Freitas, que faleceu há 13 anos, em 2006.

Hoje, a Fanese oferta 14 cursos, com novos à vista, tem dois mil alunos e conseguiu nestes quase 22 anos uma excelente reputação em sua grade, com médias de 4 a 5 nas avaliações às quais foi submetida pelo Ministério da Educação, numa escala estabelecida pelo MEC que varia entre o mínimo de 1 e o máximo de 5 pontos.

A informação da entrada do empresário Milton Andrade no negócio foi passada nesta terça-feira para a Coluna Aparte por uma terceira fonte - nem o adquirente, nem os sócios remanescentes, que comandam o negócio através do herdeiro Ionaldo Vieira Carvalho, deram qualquer informação.

Milton Andrade foi, inclusive, procurado por esta Coluna para falar do assunto, pediu desculpas e disse que não poderia fazer qualquer comentário sobre o negócio. Mas a fonte desta Coluna parece bem informada de todos os detalhes.

Ela disse, por exemplo, que a transação implica que o novo sócio assuma o comando geral do negócio e que ele poderá adquirir até o final de 2020 cerca 45% das cotas.

Segundo a fonte, a incorporação feita pelo empresário Milton Andrade à Fanese visa expansão de negócios em Sergipe, com ela podendo, inclusive, ser elevada a um Centro Universitário.

É bom lembrar que apesar do avanço do ensino superior em Sergipe, o Estado tem somente duas universidades - a Federal, notável instituição pública, e a Unit, que se insere entre os 11 maiores grupos de ensino particular do Brasil.

A negociação com Milton Andrade evoluiu rápido: começou no mês passado, outubro, e fechou nesta terça, 5 de novembro. De acordo com a fonte desta Coluna, o empresário Milton Andrade se aproximou do negócio da Fanese com a intenção de contribuir para o desenvolvimento e a formação de mão de obra qualificada em seu Estado. Ele é tido como um liberal que aposta muito na mão livre do mercado e tem flertado com a política – disputou o Governo de Sergipe em 2018.

Os atuais donos continuarão sócios, mas o empresário, que está adquirindo a participação de um terço, assumirá toda a gestão da Faculdade. A média de faturamento anual da instituição foi mantida em sigilo pela fonte.

A Fanese funciona na Travessa Sargento Duque, 85, paralela à Avenida João Ribeiro, no Bairro Industrial.

A Fanese oferece cursos de Administração, Engenharia de Produção, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Marketing, Processos Gerenciais, Logística, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Tecnologia da Informação, Sistemas para Internet e Rede de Computadores.

“Há quase 15 anos, a Fanese mantém uma parceria importante com o Instituto Luiz Flávio Gomes - LFG - de São Paulo para ministrar cursos online na área de Direito, objetivando qualificar profissionais desta área para concursos, exames da OAB e do Enade. Recentemente, a Fanese foi credenciada em caráter provisório para o funcionamento do ensino na modalidade a Distância - EAD -, tendo sido autorizados, inicialmente, os cursos de Administração, Marketing e Processos Gerenciais. Este credenciamento é fruto da credibilidade e do know-how, adquiridos ao longo dos anos, nas disciplinas online e da qualidade do ensino reconhecido pelos indicadores do Ministério da Educação”, informa a instituição na sua página na Web.

Atualmente, o empresário Milton tem atuação no desenho de empresas de oito segmentos diferentes, totalizando a participação em 18 delas em diferentes atividades. Isso passa por educação, saúde, comércio, varejo, setor imobiliário, fomento mercantil, prestação de serviços e advocacia.

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