Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Gestão de Edvaldo Nogueira emplacará três anos com captação de R$ 730 milhões para investimentos
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Edvaldo Nogueira: “Cumpro meu papel de trabalhar por isso, de ir atrás e não segregar nada e nem ninguém”

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, é do PCdoB, partido aliado do PT, não tem uma relação de aliança formal e nem informal com Governo Federal, capitaneado por Jair Bolsonaro, PSL, não tinha com o Governo de Michel Temer, mas mesmo assim consegue flanar - esse verbo é forte - sobre um desempenho excelente na captação de recursos para obras de infraestrutura na sua administração.

A cidade de Aracaju - que não é uma capital do Sudeste, que sobeje dinheiro, riqueza - vai fechar os três anos em dezembro de gestão sob Edvaldo com R$ 730 milhões captados para obras. “Com estes R$ 730 milhões aplicados, nós vamos fazer Aracaju retornar a ser a capital com a melhor qualidade de vida no Brasil, e tudo isso está dentro do nosso planejamento”, admite Edvaldo Nogueira. 

Mas qual o segredo disso? Como se obtém tamanha performance com essas características? Edvaldo Nogueira não faz mistérios. “Eu apenas cumpro o meu papel de trabalhar por isso. Apenas cumpro o meu dever público. Isso revela a minha preocupação com a cidade de Aracaju, enquanto uma grande parte de outras pessoas se preocupa apenas com eleição”, diz ele. 

Veja nesta pequena entrevista com Edvaldo Nogueira de onde virão - alguns já estão em solo aracajuano, operando obras - esses recursos e onde serão aplicados. 

Aparte - O que significam estes R$ 120 milhões pactuados agora entre a Prefeitura de Aracaju e a Caixa para moradias populares?
Edvaldo Nogueira -
Esses recursos significam a realização de um sonho e a materialização de um trabalho muito árduo, feito pela nossa gestão com muito planejamento e determinação. Eu reputo esses recursos como os de investimentos na maior obra social de Aracaju pelo nosso governo, que é o de enfrentar um problema de moradia que se arrasta por mais de seis anos e agora vamos resolver. Ressalto que serão R$ 112 milhões da Caixa e R$ 8 milhões de contrapartida da Prefeitura. Está tudo certo.

Aparte - Eles serão aplicados naquela comunidade e ocupação perto do 17 de Março?
EN -
Sim, serão na ocupação das Mangabeiras, que tem cerca de 800 famílias entre o Conjunto 17 de Março e o Santa Maria. Passaram-se vários Governos e nós é que vamos resolver isso agora. Serão 1.102 imóveis, e considero esta obra de uma alta significação. É algo extraordinário. É um projeto que tem a cara do nosso Governo, do nosso compromisso com a população mais carente de Aracaju. É uma obra de melhoria urbana e que vai levar dignidade a muita gente dela e do entorno dela, como esgoto, drenagem, pavimentação e serviços urbanos. Tem um outro lado social aí significativo: o da injeção de R$ 120 milhões na economia da cidade durante dois anos, gerando emprego, renda e ativando as empresas que trabalham no mercado imobiliário. Ou seja, vamos contemplar uma cadeia produtiva enorme.

Aparte - Quando deverão sair os R$ 300 milhões do empréstimo do BID para Aracaju?
EN -
O empréstimo do BID já foi aprovado pela Secretaria de Tesouro Nacional, que reconhece a boa capacidade de empréstimo da cidade de Aracaju, já está na Casa Civil da Presidência da República e deve ir até o dia 15 para a CAE - Comissão de Assuntos Econômicos do Senado – e de uma semana a 15 dias, se Deus quiser, vai estar aprovado. 

Aparte - Para começar a chegar quando esses recursos?
EN -
Estamos dando como possibilidade de até o final de agosto o projeto estar aprovado. A partir daí, os recursos começam a chegar em Aracaju, porque começaremos a dar vazão aos projetos executivos das obras. Eu estimo que grande parte das obras desses recursos começa mesmo no ano que vem - algumas podem ser até agora em 2019. Mas é um projeto para além dessa gestão. É para três a quatro anos. 

Aparte - Sinteticamente falando, esses R$ 300 milhões do BID serão aplicados em que obras?
EN -
Uma delas é a Avenida Perimetral, uma paralela à Avenida Euclides Figueiredo, que sai lá do Lamarão, da encosta de Nossa Senhora do Socorro, até a BR-101. Isso numa primeira fase. Mas teremos obras no Parque da Sementeira, recuperação de escolas e de vários bairros. Eu já era o prefeito que mais havia investido em Aracaju e com esses recursos todos serei diretamente bem posicionado nessa situação. 

Aparte - Com os R$ 310 milhões aplicados em obras já em realização serão R$ 730 milhões...
EN -
Isso tudo a nossa gestão conseguiu captar em dois anos e seis meses. 

Aparte - ... E isso pode mudar o que na configuração da imagem da cidade?
EN –
Com estes R$ 730 milhões aplicados, nós vamos fazer Aracaju retornar a ser a capital com a melhor qualidade de vida no Brasil, e tudo isso está dentro do nosso planejamento. 

Aparte - Mas como justificar essa performance, tanta convergência financeira para a Prefeitura de Aracaju, sendo o senhor um prefeito do PCdoB, aliado do PT e sem nenhum alinhamento maior com o Governo do Jair Bolsonaro?
EN -
Eu apenas cumpro o meu papel de trabalhar por isso, de ir atrás e não segregar nada e nem ninguém quando os interesses forem os de Aracaju e de nossa comunidade. Veja que fui o prefeito que conseguiu excelentes recursos ainda no Governo de Temer - R$ 310 milhões -, agora R$ 120 milhões e os R$ 300 milhões que virão da relação com o BID, mas que passam pela Secretaria do Tesouro Nacional. Na verdade, isso revela a minha preocupação com a cidade de Aracaju, enquanto uma grande parte de outras pessoas se preocupa apenas com eleição. Isso que você cita é a configuração de que essa nossa preocupação está dando resultado. Comigo é assim - e o resultado está aí: acabou a eleição, desço do palanque e vou procurar resolver os problemas da cidade. Apenas cumpro o meu dever público.

Foto: Ana Lícia Menezes/PMA

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