Aparte
Geraldo Alckmin pensa um Estado pequeno e eficaz, e quer um nordestino para vice

Geraldo Alckmin e Eduardo Amorim: uma interação de quase 24 horas

Pré-candidato à Presidência da República, o ex-governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, PSDB, disse hoje durante o segundo dia da sua visita a Sergipe que gostaria de ter o nome de um nordestino para compor a sua chapa na condição de candidato a vice-presidente.

“Eu gostaria muito que alguém da região do Nordeste, que é a segunda mais populosa do Brasil, pudesse compor conosco em nossa chapa a ser apresentada no final do julho. Estas alianças só vão ser de fato feitas no fim de julho. Mas eu vou trabalhar muito por isso”, disse. Provocado pela Coluna Aparte, o pré-candidato evitou citar um nome de político da região que pudesse ser o escolhido ou indicado.

Mas à Coluna Aparte, Alckmin garantiu que vai evitar duas possibilidades na chapa que pretende montar: Uma - não fazer uma composição que priorize somente o Sudeste - isso implica não ser uma chapa São Paulo-Minas Gerais – e, Duas – Não permitir uma chapa puro sangue com tucanos. Dois nomes do PSDB.

Articulado pelas entidades de classe do setor produtivo, como a Acese - Associação Comercial e Empresarial de Sergipe -, Geraldo Alckmin foi a estrela de uma edição especial do Almoço Com Negócios, no Hotel Radisson. Ali, ele fez um esboço do Brasil que imagina para os brasileiros.

Basicamente, deixou claro Alckmin, é um Estado eficaz e nada inflado p- referiu-se sempre aos três poderes -, que pense racionalmente o desenvolvimento, a infraestrutura, o emprego, a educação, a segurança e um pacto federativo que garanta o bem-estar geral de todos os entes. “Eu sou um municipalista”, disse ele. Houve uma boa frequência do empresariado.

Acompanhado da esposa Lu Alckmin, Geraldo Alckmin chegou a Sergipe no finalzinho da tarde de domingo. Como havia se comprometido com o pré-candidato do seu partido ao Governo do Estado, Eduardo Amorim, e com o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, ele foi, de ônibus, à Festa do Caminhoneiro. Voltou, dormiu em Aracaju, na manhã desta segunda concedeu coletiva de imprensa, foi à palestra com os empresários, almoçou com eles e no meio da tarde deixou Sergipe.

Aos 65 anos, médico, Geraldo Alckmin já foi o prefeito da cidade em que nasceu – Pindamonhangaba -, deputado estadual, vice-governador de São Paulo duas vezes e quatro vezes governador - uma herdada com a morte de Mário Covas, e três eleito pelo voto direto. Em 2006, perdeu de 60,83% a 29,17%% a eleição para Lula na disputa pela Presidência da República. 

O senador Eduardo Amorim, que o recepcionou no domingo e na segunda em todas as ações em Sergipe, aprofundou ainda mais as suas convicções positivas em relação a Alckmin. “O que todos nós sentimos, nessa convivência prolongada com a passagem dele por Sergipe e de análises de outras atitudes e posições é que estamos diante de um homem maduro e preparado para presidir o Brasil. É um técnico capacitado, marcado por práticas e uma boa humildade”, disse.

Geraldo Alckmin retribuiu com moeda semelhante. “Eu acho que Eduardo Amorim será um grande governador do Estado de Sergipe. Ele tem experiência. Foi o melhor senador do Congresso Nacional, tem espírito público. É pessoa honrada. Acho que ele vai fazer uma bela campanha na hora certa e tem tudo para fazer um grande governo”, pontuou.

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