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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Jackson Barreto reage a boicote a secretários em reunião com Parente na Câmara, e vence
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Jackson Barreto: “nem na ditadura eu vi isso nessa Casa”

Na reunião com o governador Jackson Barreto, a bancada federal de Sergipe e da Bahia e membros da Petrobras para tentar evitar o encerramento das Fafens de sergipana e baiana em Brasília houve um breve mal-estar na tarde desta terça-feira.
 
Ao chegar no Plenário 14 da Câmara dos Deputados Federais, onde se daria a reunião, o governador Jackson Barreto, MDB, deparou-se com seguranças com uma lista em mãos dizendo que só podiam entrar o governador e os parlamentares que lhe acompanhavam. Os demais secretários e assessores deveriam ficar de fora. Até o senador Eduardo Amorim foi barrado. Ele estava sem o botton parlamentar. 
 
Segundo informes do entorno do governador Jackson Barreto, a ordem de proibição aos secretários e aos assessores foi dada pelo líder do Governo de Michel Temer, o deputado federal André Moura, PSC.
 
O problema é que o govenador estava acompanhado dos secretários Rosman Pereira, de Planejamento, Orçamento e Gestão; José Augusto Carvalho, de Indústria e Comércio; e de Sales Neto, da Comunicação Social, do presidente da Codise, Eugênio Dezen, e do assessor da área econômica, o economista Ricardo Lacerda. 
 
Mas Jackson Barreto reagiu duro e não aceitou o veto aos companheiros. “Tenho quatro mandatos de deputado federal e nunca vi uma proibição deste tipo acontecer por aqui. Nem na ditadura eu vi isso nessa Casa. Portanto, recuso-me a entrar”, disse Jackson Barreto. Ao lado dele, estavam os deputados Laércio Oliveira, Adelson Barreto, Fábio Reis que não aceitaram acesso pela metade em solidariedade a Jackson e contra o boicote.
 
Na verdade, dentro da sala de comissão, estavam apenas os diretores da Petrobras. O presidente Pedro Parente, que era esperado, não havia comparecido. A suspeita era de que, como a reunião estava parcialmente esvaziada, o líder André Moura não queria demonstrar que não teve força e teria ordenado o boicote. Só bem depois é que Parente se fez presente.
 
Após uma queda de braços que durou algum tempo, houve a contraordem e os secretários e assessores puderam entrar com o governador. O deputado Fábio Mitidieri, que estava dentro do Plenário14, chegou a fazer um vídeo e a postar em sua página do facebook. Por ele, o suposto boicote foi classificado de “uma tristeza e uma vergonha”. A reunião continua neste momento. 

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