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OPINIÃO: Jackson Barreto volta de férias turbinado para 2018

Edson Júnior: “barba, cabelo e bigode”, com eleição Belivaldo governador e dois senadores

 [*] Edson Júnior

Nada como uns dias de férias para tonificar corpo e alma dos desgastes e aperreios do dia a dia. Do mais simples ao mais “influente” trabalhador, do setor público ou privado, desligar a máquina da tomada é sempre importante para refrigerar e permitir que ela funcione com melhor rendimento.

Assim foi com o governador Jackson Barreto, que tirou pouco mais de 20 dias de férias e voltou à labuta com a bateria carregadíssima. O homem está disposto!

As primeiras fotos dele, divulgadas pela Agencia Sergipana de Notícias, mostram-no radiante, feliz e pronto para os enfrentamentos que virão pela frente, inclusive o eleitoral, no qual poderá ser candidato ao Senado em 2018, tendo como companheiro de chapa o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Rogério Carvalho.

Essa dobradinha pode render a reedição de dois senadores eleitos pelo mesmo bloco, como ocorreu em 1994, com Valadares e Zé Eduardo, e em 2010, com Valadares e Eduardo Amorim.

Ainda que pipoquem pesquisas aqui e ali, mostrando que dificilmente um bloco fará os dois senadores. Na campanha as coisas mudam, porque as circunstâncias políticas mudam ao sabor dos movimentos de marketing e da própria dinâmica da disputa. São as nuvens da política, de Magalhães Pinto, mudando a todo instante.

Sem reduzir a força dos candidatos da oposição – que são fortes, sim – Jackson e Rogério, ninguém se engane, formam uma chapa vigorosíssima para levar as duas vagas. Os dois são capazes de fazer uma campanha praticamente sem descanso, com disposição para 20 horas diárias de correria eleitoral se for preciso.

Como pré-candidato ao Governo, Belivaldo Chagas dá o necessário toque de unidade no bloco, com excepcional trânsito na sociedade. Um nome de indiscutível correção, lealdade, ética e que joga com o grupo, joga com os aliados. É leal, importante sempre destacar essa qualidade, principalmente em tempos de Temer, aquele que puxou a cadeira da Presidência para si.

Na sexta-feira, 28, por exemplo, quando Jackson recebia o governo das mãos de Belivaldo, via-se a imagem de um governador tranquilo, feliz e com a certeza estampada em sorrisos de que recebia o governo de um amigo, de um aliado, de uma pessoa sem marcas traiçoeiras.

Impressiona o entrosamento entre ambos. São amigos de longas datas e em várias disputas eleitorais. O tempo amadurece e fortalece a relação entre os dois. Não é recomendável a ninguém se colocar entre um e outro. Quem tentar, corre enorme risco de colher tempestade das grandes.

Quando a liderança de Jackson Barreto foi testada, em 2016, inclusive por aliados de longo convívio político com ele, coube a Belivaldo o ato de coragem e lealdade em dizer não ao projeto concorrente dentro do bloco – liderado pelo senador Valadares -, e ficar ao lado do governador.

Não foi um ato de traição ao seu antigo aliado e conterrâneo. Foi um ato de não traição ao líder do bloco, Jackson Barreto. E o fez, cumprindo aquilo que o marca na vida privada e na política: “um homem de uma só cara”, como disse recentemente em uma entrevista de rádio.

Durante o tempo em que substituiu o governador, Belivaldo teve uma extensa agenda de trabalho com o secretariado, agendas nos municípios, encontros políticos e alguns empurrões com os Valadares. Muita agitação e provocações dos dois lados, mas sem baixarias.

Gestos que mostram um Galeguinho pronto e querendo a disputa, sem temer nome ou sobrenome. Ao seu lado, um Jackson Barreto faminto para mais uma disputa e com “tesão” para aplicar mais uma derrota aos seus adversários. Como se diz no jargão popular, Jackson em 2018 “é a fome com a vontade de comer” (sem permissão para trocadilhos).

A conjuntura nacional, com o governo Temer puxando seus aliados no Estado para baixo, dá à situação a possibilidade de fazer “barba, cabelo e bigode”, elegendo Belivaldo governador e os dois senadores: Jackson e Rogério. Seria um encerramento de carreira digno dos grandes líderes e de difícil superação em Sergipe.

[*] É jornalista
e radialista.

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