Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Marcos Santana: “Podem ter certeza: se Bolsonaro ganhar, dará um autogolpe neste país”
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Marcos Santana: grito de alerta contra o abuso às liberdades individuais

O prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, MDB, fez nesta segunda-feira, 15, exclusivamente para a Coluna Aparte, um duro alerta sobre os perigos que estariam embutidos numa eventual eleição de Jair Bolsonaro, PSL, à Presidência do Brasil.
 
O mais básico, direto e contundente desses perigos seria um autogolpe, convertendo a democracia numa ditadura, adverte Marcos Santana. “Podem ter certeza: se Bolsonaro ganhar esta eleição, dará um autogolpe neste país”, prevê. É bom que ele esteja errado em sua previsão.
 
Mas Marcos insiste que, infelizmente, está certo. “No terceiro projeto que Bolsonaro mandar para o Congresso e não vê-lo aprovado, apelará para a população: “ó, minha gente, está vendo isso! Esse Congresso não presta”, e fecha o Congresso, sob o aplauso desse povo que está hoje aí tomado pelo fanatismo. Infelizmente, essa é uma possibilidade real e plausível”, diz o prefeito. 
 
“O golpe está sendo urdido e vai ser com o apoio da plebe insana, que se ampara na força da mentira. O que eu acho é que a sociedade brasileira não está vendo isso. Está anestesiada, atávica. Até admito que a população tenha toda razão de estar indignada. Mas uma coisa é você estar indignado, uma outra é utilizar-se da sua indignação para permitir a violência”, afirma Marcos Santana.
 
Para o prefeito, “a cultura da violência”, que se espalha pelo país, é hoje um problema que deve preocupar a todos. “Creio que quem se indigna não pode ser violento. Não aprovo que se use a indignação para referendar a violência. Essa violência vem de forma física contra as liberdades individuais e contra as instituições”, analisa Marcos.
 
“Eu diria que as liberdades individuais estão em perigo - a liberdade de você, como pai, poder beijar um filho em público e aquilo ser encardo pelo homo fóbico como um ato de despudor, e ser atingido pela homofobia. Veja a que chegamos: corremos o risco de não poder beijar o filho em público”, completa ele.
 
“Estou muito preocupado com este país que, montado num messianismo idiota, pode botar a perder um bem que a gente conquistou a custa de muito sangue, que é a democracia. Eu me preocupo com isso e vou lutar a vida toda", garante. 

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