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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

NOVA ALESE 2 - Mais que o sobrenome Mitidieri, Maisa carrega amor pela política
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Maisa Mitidieri sendo diplomada como deputada estadual no dia 17 de dezembro

“Eu batalhei para estar aqui. Não foi só o meu sobrenome, só pelo meu pai e meu irmão, e sim um trabalho que desenvolvemos”. Quem diz isso é a deputada estadual Maisa Cruz Mitidieri, 40 anos, PSD, que viu 35.707 eleitores votando nela, consagrando-a com o segundo lugar na eleição de outubro passado.

Nascida no dia 15 de outubro de 1978 em Aracaju, filha de Luiz Antônio Mitidieri - médico, ex-deputado estadual com seis mandatos e um bom conceito no Estado - e Sonia Maria Cruz Mitidieri, Maisa chega à Assembleia Legislativa de Sergipe - Alese - após conquistar um pleito eleitoral logo na estreia.

Antes disso, a vida de Maisa foi sem grandes envolvimentos políticos - deixando esta missão para o pai e o irmão Fábio Mitidieri, ex-vereador de Aracaju e deputado federal. Toda a experiência dela, biomédica e advogada, esteve entrelaçada aos negócios da família: a Plamed, uma empresa genuinamente sergipana do ramo de plano de saúde.

Mãe de Luca e Sonia Beatriz, Maisa é biomédica e advogada

PRINCIPAIS BANDEIRAS

“E que trabalho é esse? É fazer essa política séria, de estar ao lado do povo sergipano nos municípios que sempre apoiaram Luiz Mitidieri, de tentar ajudar de todas as maneiras possíveis e de levar benefícios”, ressalta a deputada.

Maisa afirma que terá como principais bandeiras a saúde e o esporte. “Lógico, o fato de eu trabalhar na saúde há muito tempo me leva um pouco para ela. O fato de estarmos ligados ao esporte, até porque a Plamed é um plano que sempre investiu muito em esporte, leva-me um pouco também para ele”, informa.

A deputada não deixa de fora também entre suas bandeiras a luta pela valorização da mulher. Ela, juntamente com Maria Mendonça, Janier Mota, Diná Almeida, Kitty Lima e Goretti Reis, é uma das seis parlamentares que compõem a bancada feminina da Alese.

“Vamos procurar fazer com que a mulher se valorize cada vez mais, que a mulher esteja na política cada vez mais, que tenha poder na sua vida pessoal. Costumo dizer que não adianta apenas a mulher entrar para a política. Ela tem que se encontrar e fazer parte do dia a dia. Como posso cobrar dos políticos se eu não me envolvo, não procuro saber como estão essas coisas?”, questiona Maisa.

CREDIBILIDADE DOS MITIDIERI

“A credibilidade do nome, lógico, a credibilidade do meu pai (contribuiu). Para mim, é um motivo de orgulho ter sido reconhecida pelo trabalho deles dois (Luiz e Fábio). Tenho muito orgulho de carregar o nome Mitidieri, ao mesmo tempo em que é uma responsabilidade muito grande”, diz a deputada.

Mas Maisa não desconhece, jamais, que teve um pedaço da própria Maisa em todo esse contexto vitorioso. “Eu tenho consciência de que teve um pouco de Maisa. E pode ter certeza que caminhar bastante, estar nos municípios, estar com o povo, porque trabalho a gente fez, (também contribuiu). Se pegarem um pouquinho da minha história, verão que caminhei, que estive em todos os lugares desse Estado”, destaca.

Uma vez reconhecida nas urnas por todo um legado familiar e pela caminhada na luta pela vitória, Maisa promete, agora empossada na Alese desde o dia 1º de fevereiro de 2019, que primeiramente dará continuidade ao trabalho que seu pai desenvolveu.

Maisa em caminhada durante a campanha eleitoral de 2018

AMOR PELA POLÍTICA

Somente após isso, Luiz Mitidieri chegou na filha e questionou se estava decidida a encarar uma nova realidade de vida. “Ele me perguntou se eu realmente gostava da atividade. Eu me identifiquei muito com a política. E aí fui em frente”, diz.

Para Maisa, o amor, o gosto pela política deixou tudo mais fácil. “Desde quando comecei, eu vi que realmente era o que eu gostava, o que eu queria. E assim, o carinho, cada abraço, a receptividade que eu tive das pessoas ajudou”, afirma.

Maisa, evidentemente, reconhece que toda essa receptividade dos futuros eleitores durante suas caminhadas teve como principal fator o nome Mitidieri. “As pessoas já tinham um reconhecimento muito grande por meu pai”, frisa. Ela credita boa parte da sua vitória, da sua quantidade expressiva de votos, a isso.

Maisa com o pai, a mãe Sônia Maria e o irmão Luiz Júnior

ENTRADA NA POLÍTICA

A entrada de Maisa na política, segundo ela, foi de forma repentina. “Meu pai já estava querendo mesmo sair dessa atividade e estava procurando uma pessoa para substituí-lo. E aí, quando ele falou (se eu queria sucedê-lo), eu disse: “Não posso deixar seu legado acabar. Eu vou””, relembra.

A deputada é uma filha que tem um baita da admiração pelo pai e pelo legado político dele. Luiz, claro, além do seu irmão Fábio, são suas referências na política. “Meu pai, tenho muito orgulho de dizer isso, tem um legado muito bom. Ele é o político que leva a política a sério. Ele a faz porque ama. Sempre foi assim, embora, nos últimos tempos, ele estivesse um pouco desanimado”, diz.

A deputada Maisa assegura que não caiu de paraquedas no mundo da política. Antes de se lançar candidata, foi instruída e se instruiu. “Como tudo para meu pai é levado a sério, ele me preparou. Tem quase três anos que estou na Assembleia junto com ele, fazendo atendimento, indo para as Secretarias de Estado e para o interior”, explica.

Maisa participando, no dia 15 de fevereiro, da primeira sessão legislativa da 19ª Legislatura da Alese

TRABALHO DESDE CEDO

“Muito novinha comecei a trabalhar. Peguei a minha carteira de trabalho um dia desses e vi que tinha 17 ou 18 anos (quando começou a assinar). Assim que pude tirar carteira, tirei. Meu pai sempre botou a gente para trabalhar. Nunca nos deu moleza”, relata Maisa, que é mãe de Luca, 17 anos, e Sonia Beatriz, 15 anos. 

“Eu sempre trabalhei nas empresas (da família). Minha vida sempre foi empresarial, na parte administrativa. Nós temos um plano de saúde que já tem 37 anos, e sempre fiquei responsável pela parte da clínica”, informa a deputada.

Maisa também teve a oportunidade de abastecer o currículo profissional num órgão público. “Trabalhei no Ministério Público (Estadual) por seis anos, atuando na parte da advocacia. Trabalhei com o procurador Luiz Melo, que já faleceu, e com o doutor Luiz Valter, Paulo, Euza Missano, Rony Almeida, Miriam, com várias pessoas. Foi uma experiência boa”, relata.

Maisa, ao lado do pai Luiz Mitidieri e do irmão Fábio, seus referenciais na política
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