Candidato pela primeira vez a um mandato eletivo, o servidor aposentado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Orlando Júnior, disputa uma vaga na Assembleia Legislativa de Sergipe com o objetivo de lutar pela melhoria do serviço público, principalmente na questão da saúde.

Orlando Júnior foi diagnosticado portador do vírus da Hepatite C e sentiu na pele a falta de estrutura do setor. “O sistema de saúde público aqui em Sergipe está deficiente, carece de muitas melhorias. Essa é uma das minhas bandeiras na política, porque sei das dificuldades”, afirma Orlando Júnior.

Segundo o candidato, o Estado falha, por exemplo, ao não disponibilizar o equipamento que realiza os exames para medir o grau de fibrose do fígado, necessário para encaminhar o paciente ao SUS, que fornece o medicamento.

“Esse exame só é disponibilizado pela rede particular e custa entre R$ 800 e R$ 1.000. Atualmente, são cerca de 15 mil portadores do vírus no Estado e apenas 10% tiveram o diagnóstico”, critica. Mas ele faz um adendo: “realizei meu tratamento no Hospital Universitário, que é ótimo, tem uma equipe ótima. A questão é a falta de estrutura mesmo”, diz.

Orlando Júnior prometer criar, depois das eleições, uma Organização Não Governamental – ONG – para tratar dos assuntos da Hepatite C, com campanhas efetivas e a realização de testes rápidos para a identificação do vírus. “Esse foi um dos motivos que me levaram a entrar para a política”, ressalta. Orlando Júnior é filiado ao Democratas, tem 70 anos, é casado com uma sergipana e tem duas filhas.