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É preciso desconstruir o Dia das Mães nos órgãos públicos

Dia das Mães: homenagens precisam ser revistas

Domingo, 13, é Dia das Mães. Para celebrar a data, instituições públicas e privadas apostam em ações e presentes voltados para o público feminino. Este ano, o que chamou a atenção foi um “mimo” dado a servidoras do Tribunal de Contas do Estado: um bloquinho de notas com o título “Lista de Compras” e alguns desenhos de frutas e legumes.

Útil, não? Pode até ser, mas só para mães? Só para mulheres? Comer deixou de ser uma ação individual inerente a todas as pessoas? Talvez nenhum desses questionamentos tenha passado pela cabeça de quem decidiu oferecer o tal presente às mulheres do TCE. Mas na realidade atual eles existem.

As mulheres já não são aqueles seres que ficam em casa cozinhando. Prova disso é que os brindes são destinados a elas enquanto servidoras, funcionárias de uma entidade. Dessa forma, o que deveria ser valorizado é o seu lado profissional e não sua função doméstica – caso ela ocupe as duas.

E já passou da hora de os dirigentes de órgãos – embora na maioria das vezes sejam homens – ao menos demonstrarem que têm noção do contexto social em que vivem e, por obrigação, pararem de instituir o machismo, como vem acontecendo ao longo dos anos. 

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