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CPI das Companhias Aéreas: três Fábios iniciam coleta de assinaturas

Unidos, os três Fábios querem investigar as cias áreas diante dos atuais preços abusivos das passagens

Representante eleito pelo povo, tendo como atribuições legislar e fiscalizar, um deputado federal tem a grande e importante responsabilidade de defender os anseios da sociedade, independentemente de siglas e ideologias partidárias. Cientes disso: os três Fábio sergipanos - Mitidieri, PDT, Reis, MDB, e Henrique, PDT - uniram forças para combater os abusos atuais cometidos pelas companhas áreas e iniciaram, nesta semana, a coleta de assinaturas junto aos colegas para abrir uma CPI.

“A arrecadação das assinaturas começou hoje e precisamos de 157. Nós estamos acreditando que ainda esta semana consigamos recolher a quantidade necessária, levando em consideração que este tema tem uma abrangência e apelo muito forte entre os deputados”, informa Fábio Mitidieri.

Atualmente, as tarifas das passagens áreas disponibilizadas aos sergipanos, bem como aos cidadãos de outros Estados do Brasil, não param de subir e têm assustado e provocado certa indignação por aqueles que precisam viajar a trabalho ou lazer. 

“Nós estamos levando para discussão não só a questão das opções de voos, mas os preços abusivos cobrados no país. Muitas vezes, o trecho Aracaju-Brasília é mais caro do que ir para Miami, por exemplo. Além do mais, hoje as companhias cobram por tudo, wi-fi, lanche, marcação e remarcação de assento, remarcação de voo”, reforça o deputado do PSD.  

Mitidieri alerta que todos os itens apontados por ele antes não eram cobrados pelas cias e, mesmo assim, a passagem tinha um custo menor. “Entendemos que é importante que se tenha uma CPI para analisar se há ou não um formação de cartel, pois há indícios de que isso possa estar ocorrendo”, afirma. 

Diante deste cenário, Fábio Henrique enfatiza a necessidade de verificar a eficácia da atuação da Agência Nacional de Aviação Civil - Anac - e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade - na preservação da concorrência e de uma política de preços competitiva. “Precisamos averiguar a compatibilidade da política de preços das companhias aéreas brasileiras com as melhores práticas internacionais”, afirma.

Fábio Reis lembra que o “start” para correr atrás da implantação da CPI foi de todos. “Conversamos sobre o tema no plenário e lá mesmo decidimos. A ideia inicial foi de Fábio Mitidieri e todos nós concordamos e juntamos nossas forças para isso”, informa.

“Com saída da Avianca ficou horrível. Não tem concorrência, os preços são abusivos. A gente vê um cartel. Mas não podemos afirmar qualquer coisa antes de investigação, que vai depender muito do Rodrigo (Maia, presidente da Câmara). Não adianta o número suficiente de assinaturas sem que o presidente determine a abertura da CPI”, esclarece o deputado do MDB. Ele crê que o presidente não criará objeção. “Ele é uma pessoa extremamente sensata”, diz.

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