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Valmir Monteiro: “ Os Reis não pensaram em Lagarto no segundo turno da sucessão”

Valmir Monteiro: os Reis pensaram no próprio umbigo

Ao analisar o resultado final da eleição de governador de Sergipe no segundo turno, tendo por base o desempenho eleitoral do município de Lagarto, de onde ele é prefeito, Valmir Monteiro, PSC, não esconde uma convicção: a de que agiu republicanamente ao ficar do lado de Belivado Chagas, PSD.

“Eu e meu grupo trabalhamos pela vitória a Belivado Chagas pensando no bem de Lagarto e dos mais de 110 mil habitantes da cidade. Em nenhum momento do curto espaço de tempo da campanha do segundo turno pensamos, nem agimos, com o foco em interesses pessoais ou particulares”, diz Valmir Monteiro.

No primeiro turno da sucessão estadual, Valmir e seu agrupamento votaram com o candidato Eduardo Amorim, PSDB. “Não há nenhum arrependimento nisso. Votamos em Eduardo por achar que ele faria bem também a Lagarto. Mas, uma vez ele não indo ao segundo turno, entendemos que quem melhor representaria o que nós queremos para Lagarto seria Belivaldo Chagas. Também não nos arrependemos dessa opção”, garante Valmir.

O prefeito lagartense admite que ficou “muito feliz e contente” com a evolução eleitoral de Belivaldo Chagas do primeiro para o segundo turno entre os eleitores daquele município. “Pelas minhas contas, ele passou dos 22 mil de vantagem em relação ao segundo colocado”, diz Valmir. Passou, sim, prefeito: foram 22.442 votos a mais do que os obtidos por Valadares Filho, PSB.

Belivaldo foi alvo de 34.785 votos dos lagartenses - 73,81% dos válidos - contra 12.343 – ou, 26,19%. Numa comparação sobre si mesmo de um para outro turno, Belivaldo saiu de 16.328 votos – ou 40,45% dos válidos – em 7 de outubro, para os 34.785 do dia 28. “Eu não tenho nenhum receio de dizer que esses 18 mil votos a mais de Belivaldo foram engrossados pelos 15.539 que o deputado estadual Ibrain Monteiro obteve dentro do munícipio de Lagarto. Nós, eu e ele, pedimos aos nossos amigos que se abraçassem com o projeto de Belivaldo, porque entendíamos que era o melhor. E fomos atendidos, pelo que muito agradecemos”, diz o prefeito. Ibrain obteve, no geral, 32.059 votos e foi o quinto mais votado do Estado.

Valmir diz que sai do pleito de segundo turno com “a alma leve” e “sem ressentimentos” de “nada e nem de ninguém”. O prefeito de Lagarto alerta, apenas, para o que chamou de “um breve desconforto” gerado pela família Reis - Jerônimo, Fábio, Goretti e Sérgio Reis -, “que agiu pensando que o governador Belivaldo Chagas fosse uma propriedade privada deles” e “se esqueceram dos interesses maiores de Lagarto”.  

“Eu acho que hoje em dia não tem mais espaço para aqueles políticos que só fazem política pensando em si mesmos, nos seus interesses pessoais, e não nas pessoas das comunidades que eles representam. Para mim, infelizmente, foi assim que atuou a família Reis nesse segundo turno da sucessão de Sergipe. Eles pensaram mais neles do que nas necessidades lagartenses, uma cidade em profunda transformação, com mais de 200 obras em realização, mas carente de muito mais. Pois eu quero dizer que tudo o que o governador Belivaldo Chagas fizer na próxima gestão por Lagarto, mesmo que seja a família Reis que peça, eu vou aplaudir. Mas vou aplaudir de pé. Por que eu penso em Lagarto”, diz o prefeito.

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