Aparte
Valadares acha que ida de JB a Temer pelo empréstimo revela fragilidade do cadastro de Sergipe

Antonio Carlos Valadares: Sergipe e o cadastro ruim

Político de longa estrada, o senador Antonio Carlos Valadares, PSB, não está entre os que criminalizam a interlocução política entre os agentes públicos, muito menos entre um presidente de República e um governador de Estado.

Mas, como um opositor que não facilita a vida dos seus oponentes, Valadares vê uma espécie de ato falho na ida de Jackson Barreto a Michel Temer na quarta-feira pedir para que ele libere os R$ 560 milhões que o Estado de Sergipe está pedindo de empréstimo à Caixa.

Para o senador, a busca do executivo local ao nacional denuncia fragilidade de confiança nas capacidades econômico-financeiras do Estado. “Ora, quando você vai a um banco pedir um dinheiro emprestado e o seu cadastro está bom, você não vai mais atrás de padrinho nenhum. Não carece de avalistas”, disse ele nesta sexta-feira à coluna Aparte.

“Mas se seu cadastro estiver ruim, aí talvez você necessite de outros suportes, e foi o que aconteceu com Sergipe: o cadastro do Estado está tão ruim, tão sujo, que o governador precisa ir até o presidente da República para pedir para liberar”, completa o senador. Convém ressaltar aqui que desde a primeira hora Valadares foi contra que a Alese aprovasse este novo empréstimo para Sergipe.

“A Caixa Econômica Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional são órgãos técnicos. Quer dizer: se o Estado de Sergipe tem capacidade de endividamento, se pode pagar o empréstimo, não tem nada que ir atrás do presidente da República”, reforça o senador.

“Mas Jackson foi atrás por que? Porque ele está com medo de que, pelo seu cadastro, ao ser finalmente analisado a Secretaria do Tesouro possa dizer: “não, o homem está atrasando os salários, não paga em dia aos fornecedores, então não vamos liberar””, disse o senador.

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