Aparte
Opinião - Adversários de Edvaldo erram ao “festejar” operação da PF

[*] Edson Júnior

Os carnavais fora de época, conhecidos como micaretas, surgiram no Brasil no final da década de 80 e representavam uma prévia do que aconteceria no período momesco propriamente dito. Nesta terça-feira, 7, a “espetacularização” de adversários do prefeito Edvaldo Nogueira em torno de uma operação regular da Polícia Federal me fez recordar essas micaretas do passado. 

Pela festa em postagens nas redes sociais - uma espécie de carnavalização -, tinha-se a impressão de que a Secretaria Municipal da Saúde - SMS - e sua gestora haviam sido condenadas em algum processo judicial. Mas não era nada disso.

Batizada de Serôdio, a operação tem como objetivo colher material e investigar se a Prefeitura de Aracaju cometeu alguma irregularidade no processo de licitação e execução do contrato para montagem da estrutura do Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar - o Hcamp.

Uma operação normal solicitada por órgãos de controle federais, conduzida com a responsabilidade característica da Polícia Federal. Mas para os adversários de Edvaldo, uma chance de lançar dúvidas sobre sua imagem de bom gestor, uma conhecida estratégia que tem como objetivo confundir a população com condenações e execrações públicas de pessoas e instituições em períodos eleitorais. 

Explico melhor: a prática consiste em lançar dúvidas sobre gestores ou instituições para gerar confusão na opinião pública e propiciar a construção de narrativas negativas que deixem o adversário com o peso de ficar se explicando o tempo todo sobre algo que não fez. 

Na Alemanha nazista, um tal Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler, usou essa estratégia: “uma mentira dita repetidas vezes, torna-se verdade”. Similar ao que tentam colar no prefeito Edvaldo Nogueira. Lançam dúvidas para desgastar sua imagem de bom gestor e deixar no ar a suspeita de coisa errada em sua administração. 

A população não deve embarcar nessa carnavalização. A razão recomenda apenas o seguinte: aguardar o exame dos órgãos controladores sobre toda a documentação coletada pelos agentes da Polícia Federal. Depois disso, a verdade se imporá sobre a gritaria eleitoral. 

O aracajuano tem lembrança que esse processo de contratação e construção do HCamp foi examinado pelo Ministério Público do Estado, através de cuidadoso trabalho do procurador Jarbas Adelino, que concluiu pela regularidade dos atos da gestão. 

A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, tem reiterado em entrevistas e notas públicas a lisura do processo com dados técnicos e documentos comprobatórios.

Já Edvaldo Nogueira tem repetido que não vai entrar no jogo eleitoral proposto por seus adversários, neste momento de grave pandemia provocada pelo novo coronavírus. 

O prefeito tem reafirmado seu foco e esforços no combate à Covid-19, e alertado que o momento é de salvar vidas, não de pensar em eleição. Para Edvaldo, esse embate será mais à frente e o momento é de trabalhar para vencer a doença. Depois se vai para o enfrentamento eleitoral.

Todos os dias temos notícias de um parente ou pessoa próxima contagiada ou morta pela Covid-19. Ontem perdemos o poeta Amaral Cavalcante, mas também muitos outros nomes desconhecidos da gente. São Marias, Josés, Antônios e Josefinas, mortes igualmente doídas, sofridas. Vidas perdidas, vidas que não voltam. 

Como em uma guerra, há momentos em que é necessário suspender a batalha e levantar a bandeira da paz em nome da vida e do respeito ao ser humano. Não é hora de eleição, é hora de enfrentar a Covid-19. 

Atrapalhar esse trabalho pode significar a morte de quem luta neste momento para se manter vivo. O tempo agora é de salvar vidas, tem dito o prefeito Edvaldo Nogueira. A mensagem é clara: deem uma chance à vida, senhores pré-candidatos! Deixem a eleição para o seu período apropriado.  

[*] É jornalista.

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