Aparte
Bittencourt: “Compromissos com causas do povo negro vão além do mandato”

Antônio Bittencourt: não só o mandato a serviço do homem negro

A propósito do 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a coluna Aparte quis saber do vereador de Aracaju, Antônio Bittencourt, PC do B, qual a contribuição do mandato dele à causa negra - ele é negro e se assume como um homem negro. De pronto, o Professor Bittencourt respondeu colocando a causa para além do mandato.

“Meu compromisso com esta causa vai para além dos limites do mandato. É no mandato, foi anterior e será no futuro. Meu compromisso é de natureza ética e identitária. Não trato esse tema apenas por assumir o mandato parlamentar”, disse. “Tenho buscado honrar a condição de negro”, reforça ele.

“É um compromisso ético, político e identitário que antecede o viés da minha atividade parlamentar e extrapolará os limites do meu mandato. Mas, enquanto parlamentar, tenho dado muitas contribuições. Sempre me apresento como um homem negro”, reforça Bittencourt.

Nesta semana de novembro em que o Dia da Consciência Negra foi pauta, Bittencourt e seu mandato estiveram lado a lado numa série de atividades. “O fato de ser um negro, professor negro, vereador negro, acaba sendo uma referência positiva para muitos jovens negros de periferia diante da minha origem humilde, fazendo com que muitos jovens e crianças se espelhem”, disse ele.

“As discussões que coloco na Câmara de Aracaju são justamente sobre isso. Realizei a Sessão Especial pelo Dia da Consciência Negra, estou apoiando a Expoafro, venho realizando diversas intervenções na Casa sobre o tema, vamos às comunidades periféricas para conhecer as necessidades e somar para ajudar a resolver. Além disso, sempre de alguma forma, nas ações do mandato empoderamos as pessoas do Movimento Negro, contribuindo e participando das discussões. Tenho dado muita contribuição e espero dar muito mais”, afirma o Professor Bittencourt.

Antônio Bittencourt já foi secretário municipal de Educação de Aracaju, na gestão passada de Edvaldo Nogueira, e de Estado dos Direitos Humanos, sob o Governo de Jackson Barreto, e conhece de perto alguns lances de intolerância racial, que ele às vezes dribla com um fino humor, mas nunca se curva.

“Participo de inúmeras palestras dentro e fora de Aracaju, em escolas, universidades e nas comunidades. Isso também é contribuição. Apresento-me como vereador, nas intervenções, no diálogo e interlocução com o Poder Executivo, também quando aparece alguma manifestação de racismo, alguma injúria racial provocada por alguém e alguma forma de violência abjeta que é o racismo”, pontua o vereador.

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