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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Rodrigo Valadares quer mandato técnico e na oposição ao Governo do Estado
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Rodrigo Valadares: “A maior função do deputado ainda não é a de propor leis. É a de fiscalizar o Governo”

O deputado estadual Rodrigo Valadares, PTB, eleito com 15.221 votos em outubro, disse nesta segunda, 10, que quer fazer “um mandato técnico, propositivo”, mas de oposição ao Governo do Estado.

Rodrigo Valadares, que é filho do ex-deputado federal Pedrinho Valadares, foi o único dos Valadares a suceder-se bem na eleição deste ano - viu o tio, o senador Antonio Carlos Valadares, e o primo, Valadares Filho, naufragarem para o Senado e para o Governo.

Mas não tem dúvida do seu foco. “Serrei um deputado de oposição. Eu defendi um projeto contra esse grupo que está aí desde 2006, que teve até pontos positivos, mas nos últimos anos vem afundando o Estado. Sergipe é um Estado que não gera empregos. E que está na contramão de tudo”, observa ele.

“Eu defendi um projeto radicalmente oposto ao que está aí no Governo do Estado e não vejo razão para que agora eu mude de lado. Vamos fazer um mandato de oposição. Agora, claro que o que for bom para o Estado, serei a favor. Não vou fazer oposição por oposição. Raivosa e radical. Vou fazer uma oposição técnica. Um oposição que entende que Sergipe precisa se desenvolver e gerar empregos”, diz ele.

Para Rodrigo Valadares, é “insustentável” o modelo de desenvolvimento que Sergipe adotou nestas quase duas décadas. “É uma vergonha que Sergipe durante tantos anos esteja atrás do nível de crescimento do Brasil e da maior parte dos Estados do Nordeste, logo a gente que desde a década de 70 tinha a maior renda per capta, e hoje cai e perde esta posição, indo para um quinto lugar, segundo dados do IBGE de 2017. Sergipe perde espaço num período em que o Brasil chegou a crescer até 6%num ano”, diz ele.

De acordo com os mesmos dados do IBGE de 2017, Sergipe é 21º Estado em renda per capita do Brasil. No Nordeste, é o quinto. Perde para a Paraíba, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. “A partir de janeiro vou pegar mais firme para definir e montar o gabinete. Na semana passada fui na Alese conhecer a estrutura dela. Tenho me aprofundado no Regimento Interno da Casa e na Constituição de Sergipe. Estou me inteirando da parte estadual. Estou numa fase mais focada para isso”, diz o jovem parlamentar eleito.

“Na verdade, eu já vinham me preparando. Mas estou aprofundando mais, porque quero dar um foco diferente, fazer uma equipe 100% técnica, propositiva. Quero um mandato que acompanhe os atos do governador. Que veja as licitações, os gastos públicos. Na minha visão, a maior função do deputado ainda não é a de propor leis. É a de fiscalizar o Governo, e eu quero cumprir isso ao pé da letra. Estou montando equipe com advogado e economista justamente para fiscalizar o gasto público real por real. Fiscalizar se o governador vai cumprir mesmo as suas promessas de campanha. Se vai enxugar ou não a máquina. Se vai, sobretudo, colocar Sergipe no cominho do desenvolvimento”, diz ele.

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