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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Secretaria de Saúde de Aracaju põe em risco Projeto Corujinha e ameaça os pobres 
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Edvaldo Nogueira: certamente, o fim do Projeto Corujinha não é do interesse dele

Há cerca de 18 anos, ainda na gestão do então prefeito Marcelo Déda, PT, surgiu em Aracaju como parte das Primeiras Ações de Saúde Cidadania - PASC - um programa que garante cobertura vacinal de 100% contra tuberculose às crianças aracajuanas recém-nascidas.
 
Por esse elementar programa, os recém-nascidos receberiam essa vacina básica e fundamental para a vida inteira, ainda nas maternidades. Há cerca de sete anos, esse programa foi rebatizado com o nome de Projeto Corujinha, e seguiu dando garantias de proteção contra a tuberculose e a hepatite B. 
 
Ele é tido como um projeto pioneiro em Sergipe, de destaque na atenção primária, portanto, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, vinculado ao Programa de Saúde da Criança e do Adolescente, que impacta substancialmente na prevenção da mortalidade infantil no país.
 
Mas eis que a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju está desistindo de assumir esse programa, alegando dificuldades no campo dos recursos humanos. Por ser algo pioneiro, merecedor de destaque pela atenção dada a saúde da criança, a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira precisa atalhar com urgência esse desmonte.
 
Desabilitar o Projeto Corujinha equivale a anular uma cobertura vacinal com abrangência de 100% às crianças aracajuanas nascidas nas Maternidades Nossa Senhora de Lourdes, Santa Isabel e Gabriel Soares. 
 
A Santa Helena, uma instituição privada de boa expertise na área de maternidades, se desvinculou do projeto, passando a comercializar essas vacinas - embora o Ministério da Saúde as forneça gratuitamente em todo o território nacional.
 
“Está claro que a interrupção do Projeto Corujinha no município de Aracaju trará um grande prejuízo para o futuro das crianças nascidas nessa capital, com o agravante de atingir substancialmente as famílias mais pobres, um segmento que nos parece estar bem no campo de interesse do prefeito Edvaldo Nogueira”, diz uma autoridade de saúde pública de Aracaju que preferiu não se identificar.

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