Aparte
Fábio Henrique estranha “estilo de governar sozinho” de Marcos Santana e diz que Adilson agiu bem em romper

Fábio Henrique acha que Adilson Júnior fez o mais correto

O deputado federal e presidente do PDT de Sergipe, Fábio Henrique de Carvalho, considerou como necessária e quase forçosa a ruptura política entre o seu irmão e vice-prefeito de São Cristóvão, Adilson Júnior, PDT, com o prefeito da cidade, Marcos Santana, MDB.

A leitura que Fábio Henrique de Carvalho faz de Marcos Santana é a de um político monocrático, centralista e solitário, do tipo que não aceita dividir a gestão, nem no campo das ideias, com os aliados - e teria sido exatamente por isso que se deu a ruptura com Adilson Júnior, chancelada pelo próprio vice há menos de duas semanas, quando anunciou a intenção de disputar a Prefeitura numa carreira solo.

“Politicamente, Marcos Santana tem um estilo: é o estilo de governar sozinho. Centralista? Pelo menos em relação a nós ele foi. Porque nós só tivemos importância até a sua eleição. No pós-eleição dele, nós perdemos a importância. Então acho que a gente precisa procurar o nosso caminho na cidade de São Cristóvão. Essas são declarações que eu nunca dei a ninguém”, diz o parlamentar federal do PDT exclusivamente à Coluna Aparte.

Fábio Henrique de Carvalho guarda profundas restrições aos modos de fazer política e gestão de Marcos Santana. “A questão é a seguinte: eu tenho consciência, e o próprio Marcos Santana diz isso publicamente, que nós fomos muito importantes na eleição dele lá em 2016. Mas a gente só servia para a eleição. Primeiro, não tivemos participação nenhuma na administração. E quando eu falo participação, não é em termos de cargo. Até porque os cargos que nós tivemos, e acho que foram uns cinco ou seis, nós entregamos agora. É do ponto de vista do que a gente pensava para se fazer em São Cristóvão”, reforça o deputado federal.

A tradução mais aprofundada disso vai da pouca ocupação do espaço de poder até os espaços físicos - uma sala real e concreta para que o vice-prefeito pudesse sentar para trabalhar. “Nosso problema não era espaço, não era cargo. Era você poder participar efetivamente da gestão de São Cristóvão, e isso nunca aconteceu. Nunca”, pondera Fábio.

“Adilson Júnior nunca teve um gabinete para atender, nunca teve uma sala para despachar, nunca participou de uma reunião de secretários. Ou seja: nós não tivemos nenhuma participação na gestão de São Cristóvão. Repito: não é de cargo, é na participação de ideário. Mas você nunca viu o vice-prefeito falando mal, conspirando, atrapalhando. Muito pelo contrário: Adilson sempre foi um vice-prefeito que se colocou no lugar dele”, evoca Fábio Henrique.

De modo que, em sendo assim, Fábio Henrique diz que Adilson agiu certo em romper as relações políticas com Marcos Santana - e o fez por conta própria. “Olha, desde o começo eu sempre deleguei a ele o discussão de todo o processo, até por ser uma questão de que ele é que faz política em São Cristóvão. E eu acho que o que ele fez é o mais correto, e foi uma decisão muito amadurecida. Não foi uma decisão, digamos assim, tomada num momento de raiva. Não houve nenhuma briga, não houve nenhuma agressão”, afirma Fábio.

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