Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Sergipanos legitimaram nas urnas o modo de ser e de governar de Belivaldo Chagas
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Belivaldo Chagas: seu estilo foi o melhor parceiro e cartão postal

A expressiva votação de Belivaldo Chagas, PSD, neste domingo, com ele assumindo folgadamente a liderança na corrida pelo Governo de Sergipe, revela alguns aspectos positivos que seus oponentes não quiseram ler bem. Aliás, que seus oponentes subestimaram perigosamente.
 
Esses aspectos da figura pública de Belivaldo Chagas têm tudo para lhe valer, no dia 28 de outubro, a reeleição de governador. Embora os dados ainda estejam rolando, muito dificilmente ele perderá essa eleição. Mas que aspectos positivos são, ou foram, esses da figura de Belivaldo?
 
O primeiro deles é que o eleitorado identificou em Belivaldo aquilo que ele realmente representou de abril até hoje: arrojo e maturidade para tocar Sergipe em frente. E essa identificação não foi graciosa. Ou um mero objeto de marketing político.
 
Os seus mais de 378 mil votos são um carimbo clássico, uma chancela sem reserva desse reconhecimento, do gosto, do prazer, da vocação e da capacidade de Belivaldo Chagas para governar. Para solucionar. Para decidir. É simples assim: eleitor não vota em quem ele não sinta capacidade para comandar.
 
Não custa lembrar que Belivaldo Chagas é um governador efetivamente do dia 7 de abril até hoje. Ou seja, de apenas seis meses cravados no último sábado, véspera da eleição. Seus oponentes - sobretudo Eduardo Amorim - elegeram a suposta tragédia administrativa de Sergipe como um forte mote de campanha.
 
Enquanto isso, o próprio Belivaldo se encarregava de dizer o que fez para ajustar a crise que de fato havia e como encara gestão. “Governar é, acima de tudo, buscar fazer com que as pessoas sejam realmente vistas, observadas, atendidas e contempladas de um modo geral. E por isso a gente procura agir nas áreas de saúde, educação e segurança”, disse ele, em entrevista ao Portal JLPolítica no dia 22 de setembro.
 
Com essa visão, Belivaldo estancou, por exemplo, o temor dos servidores de não terem salários. Os aposentados tristes saíram de cena. Passou a pagar os salários até o dia 12 do mês seguinte. Pegou as rédeas da Saúde pública e deu um cavalo de pau. Chamou os credores todos e repactuou compromissos. Muitos acharam que ele daria calote.
 
Não deu. Deu foi garantias do contrário. “Não passa pela cabeça deste Governo e deste governador dar calote em nenhum prestador de serviço ao Estado de Sergipe”, disse ele, na mesma entrevista concedida ao JLPolítica.
 
Enquanto Jackson Barreto ostentava um estilo cansado de governar, com conduta blasé diante de uma realidade que lhe parecia fatalista e irresolvida, Belivado chegou fazendo manobras fortes, dando murros na mesa e crendo que era possível mudar.
 
O resultado está aí. A prova de que o estilo dele foi seu melhor parceiro e cartão postal foi que se salvou sobejamente enquanto seu aliado, o ex-governador Jackson Barreto, candidato ao Senado, patinou feio, ficando num cansado quarto lugar.

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