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Luciano Barreto, da Aseopp, prefere Fafen vendida ao capital internacional a vê-la fechada

Luciano Barreto: dicas de como resgatar a Fafen do fechamento

Entre todas as notícias preocupantes contra o futuro da economia deste Estado, a hibernação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe - Fafen-SE -, anunciada pela Petrobras e pelo Governo de Michel Temer este ano, teve um peso-pesado. Um peso desorientador.

A informação pegou o Estado de surpresa, embora não fosse de uma hora para outra que a Petrobras demonstrara que não tinha mais interesses na sua operação por aqui, como como na da Bahia. A toque de caixa, os políticos do Estado correram em audiência em Brasília com o então presidente da Petrobras, Pedro Parente, e a decisão de hiberná-la foi prorrogada para depois das eleições de outubro.

O problema, portanto, foi simplesmente varrido para debaixo do tapete. Mas, afinal, o que deve se fazer com esta empresa importante para a produção fertilizantes, para a geração de quase 300 empregos diretos e para a configuração de impostos e rendas para Sergipe? É de se aceitar calado a morte dela, como uma fatalidade de Estado?

Na segunda-feira da semana passada, 9 de julho, a se encontrar com o secretário de Estado da Fazenda, Ademário Alves, para fazer sugestões para a elaboração do Plano de Recuperação Econômica e de Geração de Emprego e Renda, o empresário Luciano Barreto, do Grupo Celi e presidente da Aseopp, levou uma sugestão arrojada: é preferível ver a Fafen vendida ao capital internacional, e em nome dele funcionando, a tê-la fechada definitivamente, com o fracasso de todos os projetos que isso acarreta no geral, como a não-expansão e o fim da garantia da empregabilidade.

Luciano Barreto levou à Sefaz a ideia de que Sergipe deveria se unir à Bahia, produzir um projeto, um book completo, com os principais dados das duas unidades da Fafen nesses dois entes da Federação e oferecer em venda às Embaixadas da China, Índia, Rússia e Noruega.

Luciano Barreto é da ideia de que pelo menos duas destas quatro nações – as superpopulosas China e Índia - demandam enormemente por mais alimentos para seus 2,5 bilhões de habitantes, estão investido no Brasil, inclusive no setor agrícola, e não gostariam de ver fechadas fábricas que fomentam a agricultura. Tem lógica.

“Cinco dos principais fundos de investimentos desses países, em negociação com o Banese, indicariam outras possibilidades de investimentos e nós não teríamos a Fafen-SE fechada”, pondera Luciano. Esse, de fato, é um debate pertinente e que deveria receber a atenção não só dos Governos dos dois Estado, da União, como da sociedade, das entidades de classe que se preocupam com o futuro de Sergipe e da Bahia. 

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