Valadares Filho: “Eles podem vir quentes, que nós vamos fervendo”
“Eu me sinto muito preparado e muito maduro para este momento. E sabendo do que nós vamos enfrentar. Eles podem vir quentes, que nós vamos fervendo. Muita gente tem me dito: “Valadares Filho, você tem uma reeleição de deputado federal resolvida e garantida, e vai entrar nessa bola dividia?
A essas pessoas, eu dizia: “Eu não entrei na vida pública para pensar em mim e no meu conforto pessoal. Me preparei para entrar na vida pública para servir ao meu povo e a minha gente. Se eu pensasse em mim e no mais fácil, com certeza eu seria candidato a deputado federal. Mas me preparei desde a adolescência para entrar na política e enfrentar grandes desafios”.
Isso são trechos da fala do deputado federal Valadares Filho, PSB, no ato de lançamento da sua pré-candidatura ao Governo de Sergipe na manhã desta sexta-feira, 8 de junho. Esse lançamento se deu cercado de inúmeras evidências que apontam para o projeto de mais uma via, ou opção, na sucessão estadual.
E não nasceu com cara de uma dessas terceiras vias que, no fundo, não querem chegar a lugar algum nas disputas eleitorais. No ato, Valadares Filho, seu pai, o senador Antonio Carlos Valadares, e uma boa quantidade de lideranças políticas de mais de meia dúzia de partidos para além do PSB jogaram a âncora no chão da disputa com força, fé, vontade e projeto político coletivo.
A solenidade na sede do PSB foi simples, mas muito convincente. Nela, falaram apenas sete pessoas – o próprio Valadares Filho, o senador Valadares, o deputado estadual Luciano Pimentel, o vereador Elber Batalha, Niully Campos, como mulher e representante da Fundação João Mangabeira, Cláudio Neves, presidente do PPL e Henri Clay Andrade, anunciado como um dos pré-candidatos a senador.
A tônica de todos os discursos foi a da esperança no novo que Valadares Filho representaria, uma crítica incisiva ao suposto caos em que vive Sergipe, a atribuição disso a Jackson Barreto e uma detratação total do Governo de Michel Temer, ressaltando seus índices alarmantes de rejeição e colando a tudo isso à imagem de André Moura, seu líder e pré-candidato ao Senado.
Chamou a atenção a maneira como todos preservaram a figura do pré-candidato ao Governo do PSDB, senador Eduardo Amorim. Será que pensam nele fora de um segundo turno e esperam apoio? O senador Valadares disse que a campanha de Valadares Filho seria a do tostão contra o ado milhão, fustigou demasiadamente os Governos de Temer e de Jackson-Belivaldo Chagas e produziu duras críticas a André Moura.
Valadares Filho fez um discurso de improviso bem pontuado. Foi duro, produziu críticas a Jackson, Michel Temer e André Moura, mas foi também propositivo. “Nós vivemos o pior Governo que Sergipe já teve e que atrasou o nosso Estado em todas as áreas”, disse ele, prometendo ir buscar nas universidades e no universo político pessoas e ideias para ajudar a tirar o Estado do buraco.
"Neste momento eu sei que enfrento um dos maiores desafios da minha vida, mas enfrentarei com muita consciência de onde queremos chegar”, disse Valadares Filho.