Aparte
Anderson diz que Umbaúba não engole aliança entre Humberto e Zé de Francisquinho. “Vou ganhar”, avisa

Professor Anderson: impulsionado a tomar decisão a partir de uma aliança já formalizada

O ex-prefeito de Umbaúba, no Sul de Sergipe, o Professor Anderson Fontes Farias, PT, garantiu nesta quinta-feira, 9, que vai à sucessão municipal de sua cidade como candidato este ano se neste ano houver de fato eleição. “E vamos ganhar a eleição”, avisa.

Hoje o Professor Anderson, como é mais conhecido, se define como um pré-candidato, e diz que foi impulsionado a tomar esta decisão a partir de uma aliança já formalizada entre o prefeito Humberto Maravilha e o ex-prefeito de três mandatos Zé de Francisquinho, dois históricos opositores no município do tipo de trocar pernadas em praça pública.

Para Anderson Fontes Farias, a aliança entre Humberto e Zé impactou negativamente porque, acusa, não foi feita com base em princípios ideológicos, e sim em aspectos financeiros. “Se sabia que foi feita entre eles uma aliança branca há mais ou menos uns seis meses, mas agora eles a consolidaram. Então o povo não aceitou. Porque não foi uma aliança ideológica. Foi de grana. Foi na base econômica, e pegou muito mal para os dois”, avisa Anderson.

Para Anderson Farias, esse pacto firmado a partir de valores financeiros teria desagradado a seguidores do prefeito Humberto Maravilha e do ex Zé de Francisquinho. “Aí o grupo de Zé Francisquinho, seus aliados e grande parte do grupo de Humberto Maravilha, que rachou por conta disso, me procuraram porque o prefeito não estava fazendo a manutenção do grupo dele, mas estava investindo na oposição”, diz Anderson.

“Veja: para se ter uma ideia, ele tem os 11 vereadores da Câmara e mesmo assim foi buscar todas as lideranças da oposição. Fez isso, mas não cuidou do seu grupo original. E o que aconteceu? O grupo de Humberto Maravilha rachou, enquanto Zé de Francisquinho não levou ninguém consigo. Simplesmente o grupo do ex-prefeito não aceitou ir”, analisa Anderson.

Diante disso, diz o petista, houve uma espécie de convocação púbica para que ele fosse o candidato a prefeito, e agora se admite o único capaz de desbancar Humberto e seu novo aliado juntos. “As pessoas me emparedaram e me disseram: “O candidato é você”. Então, com o cavalo selado na minha frente eu montei e vamos ganhar a eleição”, diz o petista.

Humberto Maravilha e Anderson não são dois estranhos e têm até uma parceria antiga. Em 2008, Anderson ganhou a eleição de prefeito de Umbaúba para Jorge Rico, PSC, com 50,64% a 49,36% dos votos - 5.911 contra 5.762. E tinha Humberto Maravilha como candidato a vice-prefeito.

Em 2012, Anderson perdeu a reeleição para Zé de Francisquinho, que já havia sido prefeito duas vezes antes e que em 2016 tombou na reeleição para Humberto - de, novo, com Anderson na retaguarda do apoio. O baque foi grande: 58,09% contra 41,91%. Ou 8.044 contra 5.803 dos votos válidos.

Agora, Anderson Fontes Farias acha que pode vencer a esse feixe de votos dos dois juntos e unidos. “Eu posso garantir que retornar agora à disputa com Humberto Maravilha e Zé de Francisquinho fazendo essa aliança não é ruim para mim. Pelo contrário, a gota d’água que me deu razão e estímulo para voltar foi exatamente isso”, diz o ex-prefeito.

“Eu era muito lembrado para essa eleição de 2020. Humberto está fazendo uma gestão muito pífia e a oposição que tinha a ele era a de Zé de Francisquinho. Eu perdi a reeleição em 2012 para Zé de Francisquinho, mas se você perguntar aí para Alexandre Wendel, da Única, e para Ronaldo Joaquim, do Padrão, vai ver que eu saí com 80% de aprovação do governo”, diz Anderson.

De 2012 até agora, Anderson nunca mais disputou eleição alguma. Mas não esteve alheio. “Eu me retraí um pouco, submergi, e fui cuidar da família. Continuei acompanhando a política, apoiando as coisas, tocando, coordenando, ajudando, mas não disputei. Eu dei uma recolhida geral. Não disputei nada em 2014, inclusive estava afastado. Eu só apoiei. Eu coordenei as duas campanhas agora em 2018 de Rogério Carvalho e de Belivaldo Chagas aqui na região Sul”, lembra.

“Em 2016, eu liderava as pesquisas e Humberto tinha 12% na melhor das sondagens. Eu estava na casa dos 40% e o prefeito Zé de Francisquinho tinha 20% e alguma coisa. Jackson Barreto me convencendo para eu ser candidato a prefeito, mas eu não quis, e nem a vice. Depois me convenci e fui para a campanha de Humberto e ganhamos a eleição. Quem tocou a campanha dele no braço fui eu, porque a rejeição dele era muito alta. Enquanto eu não ia para a campanha dele, não chegava a 15% das intenções de votos, mas ele ganhou muito bem, principalmente por conta da junção comigo. Cheguei a fazer parte do início da gestão dele, mas saí. Mas agora como se deu a junção de Humberto Maravilha com Zé de Francisquinho, se a eleição dele com Zé foi muito radical? Foi muito sanguinária - se se espremesse aquela campanha saía sangue. Ninguém entendeu”, diz o professor Anderson.