Aparte
Opinião - Fê e Fechô, para Aracaju e seu futuro imóvel

[*] Hugo Barreto

O que nos move a empreender? Sempre quis desenvolver algo que pudesse mudar a vida das pessoas, mas nunca me senti encaixado numa profissão específica. Minha vontade era, e continua, a de solucionar problemas que ninguém conseguiu ainda e deixar a minha marca com isso. Você se identifica?

É verdade que em vários momentos a estabilidade parecia ótima. É confortável acordar e ir dormir com algumas certezas a mais do que dúvidas. Mas isso não me bastava. Nesse sentido, soube que queria iniciar uma startup no momento em que entendi o que era uma, e quando comecei na área da computação, tinha isso em mente.

Essa minha história com a computação me levou para a gestão de projetos em TI, para a “modelagem de produtos”, coleta de requisitos, análise e solução. Estar envolvido e entender o processo como um todo, daquilo em que me envolvo, é o que me deixa mais satisfeito. Esse formato me atraiu, até porque já via muitos dos maiores negócios que surgiram no mundo, e oportunidades, virem dessa forma.

No curso de Ciência da Computação, quando presidi a empresa júnior de tecnologia da informação da Universidade Federal de Sergipe, a SofTeam, tive o primeiro contato com um dos meus atuais sócios, que tinha parceria com uma construtora. Posterior a isso, participei de uma Hackathon, uma maratona de formato já consolidado, na qual fui mentor, e em que dois colegas meus, o Tiago e o Diogo, trabalhavam com assistentes virtuais.

Foi através desses parceiros que me interessei pelo recurso para possíveis projetos, depois nos unimos a Nívea, Leandro e Elyas, e desenvolvemos a nossa própria assistente virtual, a Fê. Quanto ao nome, Fechô, veio como uma sugestão que fiz para o nosso grupo e que todos gostaram. Ele quer dizer que já fechamos o negócio, que fizemos um match. “Vamos marcar uma saída amanhã? Está certo, fechô!” Esse aí é o intuito.

Nisso, buscamos atuar na área de imóveis, que carece muito de tecnologia. Nunca houve uma fácil penetração de soluções dentro desse mercado, que sempre foi muito tradicional e usou a mesma fórmula na busca pelo sucesso. A gente tenta facilitar as coisas, de forma que todos ganhem com esse processo.

Queremos melhorar a maneira como as pessoas têm acesso aos imóveis, e democratizar essa compra, pela experiência. Podemos deixar ela mais transparente e fácil, auxiliando desde a recomendação, na escolha do imóvel que muitas vezes é um sonho de vida das pessoas, e acompanhando elas até a efetiva compra.

Hoje, em pleno 2020, o mercado imobiliário ainda é escasso de informação sobre preços e estatísticas de conversão, e sem isso não garante que você receba pelo que de fato pagou e encontre aquilo que estava buscando. Com o Fechô, aquilo que você mesmo diz, pela sua interação com a nossa assistente virtual, fornece o caminho. É com base nessa atividade que a Fê, nossa assistente virtual, agrega as informações à própria base de dados e trabalha o algoritmo de recomendação que fizemos.

Isso é revolucionar, à partir de Aracaju, uma experiência que muitas vezes é assustadora, burocrática e de difícil escolha. Em que na outra ponta, quando se quer vender um imóvel, temos a preocupação de receber muita gente nas nossas casas. Estamos confiantes de que vamos otimizar a sua experiência, independentemente de onde você esteja, sem que precise ficar saindo de casa à toa para comprar ou vender o seu imóvel. E aí, vamos transformar juntos essa experiência?

E por que acreditamos que comprar um imóvel hoje é um ótimo negócio? Recentemente, o Copom - Comitê de Política Monetária - do Banco Central reduziu a taxa básica de juros - Selic - para o menor patamar desde 1996 e, como consequência disso, o valor de cada parcela do empréstimo também diminuiu, o que impactou diretamente na renda mínima necessária para se receber a sinalização do banco para o financiamento imobiliário.

Segundo o Anuário do Mercado Imobiliário de 2017, no que diz respeito a compra e venda de imóveis no Brasil, os dados obtidos de 2016 mostram um número 86.1 mil residências vendidas, já em 2017 o registro consta como 94.2 mil propriedades, o que significa um aumento de 9,4%.

Esses dados mostram como o setor vem a cada ano se aquecendo e reforçam a ideia de que investir em imóveis é seguro. Veja, as chances de que ele aumente seu valor no decorrer do tempo são bastante altas, fora que a maior parte das regiões estão em constante desenvolvimento e o Brasil é um país seguro em relação a fenômenos naturais.

[*] É ex-presidente da SofTeam, empresa júnior dos cursos de tecnologia da informação da UFS, líder no Ludiico, laboratório de inovação em projetos computacionais, e co-CEO da startup Fechô, que hoje é a sua principal atividade.

 

 

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