Aparte
Danielle Garcia vê isolamento como “necessário, mas um atestado de incompetência dos governos”

Delegada Danielle Garcia: com o gatilho da política disparado

Na noite da última segunda-feira, 28, a delegada Danielle Garcia, pré-candidata a prefeita de Aracaju, conversou com o jornalista Paulo Sousa, do Programa Hora News, da Jovem Pan, através de uma live nas redes sociais.

Os dois falaram sobre os mais variados temas e, entre eles, a crise do coronavírus em Sergipe, o sistema público de Saúde, as eleições municipais e a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, com quem ela trabalhou.

A delegada concluiu ali que o sistema de saúde de Sergipe e de Aracaju está falido há anos. “Nunca tivemos uma saúde pública eficiente. Estamos isolados para que o sistema se estruture minimamente para receber os pacientes com Covid. Nunca faltou recurso. O que faltou mesmo foi gestão. Tem muita coisa equivocada. O isolamento é necessário, mas é um atestado de incompetência dos governos”, disse Danielle Garcia.

Ainda de acordo com a pré-candidata, neste momento de pandemia os governos buscam recursos financeiros, mas sem nenhum planejamento. “Serão gastos R$ 3 milhões numa estrutura de um Hospital de Campanha. Mas temos a Maternidade Hildete Falcão e o CER-IV que estão sem funcionar”, diz ela.

“Por que não utilizaram espaços públicos já construídos para fazer o hospital de campanha? Estamos vendo um grande montante de recursos vindo do governo federal. Nós, cidadãos, precisamos fiscalizar junto com os órgãos de controle”, afirmou Danielle.

Ainda sobre o Hospital de Campanha da Prefeitura de Aracaju, Danielle Garcia questionou a contratação da empresa responsável pela montagem. “Conheço bem esta empresa. Me chamou muito a atenção porque eu investiguei e sei bem como funcionava o esquema da máfia dos shows aqui em Sergipe. Será que a empresa possui capacidade técnica para realizar este serviço? Quanto tempo irá funcionar?”, lembrou.

O jornalista Paulo Sousa questionou se a saída do ministro Sergio Moro foi precipitada. “Em agosto do ano passado já existia um movimento para tirar o superintendente-geral da PF, o Valeixo, e Sergio Moro não concordava com isso”, diz ela.

“Eu vi de perto o homem sério e íntegro que buscava o fortalecimento das polícias judiciárias em nosso país. Era um sonho nosso. Duvido muito que a gente encontre uma pessoa comprometida como Sergio Moro. Nunca vi no Ministério da Justiça decisões fortes a favor do Brasil, como a de tirar o Marcola de São Paulo, além de uma mexida de vários líderes do tráfico, que fez com que o número de crimes reduzisse no país”, lembrou Danielle.

Na live, o jornalista Paulo Sousa lembrou ainda sobre a recente pesquisa realizada pelo Instituto França e divulgada por esta Coluna Aparte, que coloca Danielle Garcia em segundo lugar na corrida eleitoral deste ano. 

“As pessoas já estão nos enxergando como uma segunda via e estão acreditando na gente. Quando eu converso com as pessoas, procuro falar olho no olho e tenho coragem de enfrentar tudo aquilo que falo. Estou entrando na política para fazer diferente, não estou atrás de emprego. Sou delegada de polícia e tenho esperança de mudar o que aí está”, disse Danielle.

A delegada afirmou ainda que vem conversando com outros políticos buscando alianças para a eleição e que acredita que a vereadora Emília Correia vai apoiá-la. “Gosto muito de Emília. Acredito sim que estaremos juntas. Não consigo imaginar Emília com Edvaldo Nogueira, por exemplo. Nossa aliança deve acontecer naturalmente. Aprendi a gostar e respeitar Emília pela convivência com ela”, finalizou Danielle.