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Entrevista com Inácio Krauss dirá que Brasil não rima mais com golpe nem ditadura

Inácio Krauss: alto, lá: golpe jamais

Discreto, comedido, mas muitíssimo distante da qualquer omissão, o presidente da OAB de Sergipe, o trabalhista Inácio Krauss vai apontar com precisão cirúrgica na Entrevista Domingueira do JLPolítica desta semana os perigos que a democracia brasileira corre sob o jugo do presidente Jair Bolsonaro, sem partido. Mas dirá, também, em verbo firme e grosso que o Brasil não rima mais com golpe nem com ditadura militar.

Para Inácio Krauss, “por opção”, o Governo de Jair Bolsonaro “tornou-se uma verdadeira fábrica em série de crises institucionais e políticas”. Krauss vê como preocupantes “os flertes renitentes com a ditadura militar que revelam reverência e saudosismo de uma época que deveria ser lembrada apenas para não ser nunca mais repetida”.

“A figura do presidente da República existe, sobretudo, para unificar o país em torno de ideário nacional e não para dividir o seu povo com bravatas e instigações de polarizações violentas”, vai dizer Krauss na Entrevista sem muitos rodeios.

Mas para Inácio Krauss nem tudo é perigo nessa hora pânica e pandêmica. Ele entende que o aparato sano e saudável do Estado Democrático de Direito, que são as suas instituições representativas, está azeitado para refutar qualquer possibilidade de um golpe de Estado no Brasil, como se assemelha ser o ideário de Jair Bolsonaro e suas bravatas diárias e estressantes.

“Não obstante a gravidade dos ferimentos decorrentes dos açoites presidenciais à democracia, acredito sim nas instituições democráticas do nosso país. É claro que o nosso povo ainda está apegado à cultura autoritária que três décadas de democracia não conseguiram apagar, mas penso que hoje temos um quadro muito mais preparado para enfrentar as ameaças ditatoriais do que em 1964”, dirá o comandante da OAB

A Entrevista com Inácio Krauss vai estar disponível às 8h em ponto da manhã deste domingo e o Ministério da Sensatez adverte que ela não é recomendável para quem devaneios golpistas e nem para quem sonha com governos despóticos e ditatoriais.