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Pesquisador musical Paulo Correa denunciará adulteração da cultura junina

Paulo Correa entre o compositor Onildo Almeida e Luiz Gonzaga: intimidade com a cultura musical

O agitador cultural e pesquisador musical Paulo Correa, 59 anos, é um homem que se confunde com a cultura junina de Sergipe, muito embora dizer só de Sergipe seja um reducionismo em relação à importância dele.

No que diz que respeito à música e às demais tradições deste período, o lagartense Paulo Correa é um pesquisador de referência fora de Sergipe e do Nordeste, e muito respeitado e demandado inclusive por gravadoras nacionais.

Paulo Correa está para a música nordestina assim como o seu conterrâneo Luiz Antonio Barreto estava para o folclore e para a história de Sergipe. Correa traz consigo a marca da fundação em Sergipe do Fórum de Forró lá em 2001, na primeira gestão de Marcelo Déda, PT, como prefeito de Aracaju.

E é a partir desta e de tantas outras condições dele que Paulo Correa é o Entrevistado deste final e semana do Portal JLPolítica. Ele vai defender a tese de que as tradições de junho - incluindo aí as quadrilhas e a música - estão sendo profundamente adulteradas pelo mercantilismo cultural. 

“O São João, infelizmente, tem sido tomado nesses últimos anos por um forte movimento empresarial, desses empresários de shows, que conseguem se impor junto à maioria dos municípios de todo o Nordeste”, denuncia ele.

“Não é uma coisa exclusiva de Sergipe ou da Bahia, e sim espalhada por todo o Nordeste. Há uma força empresarial muito forte, de grandes empresários nacionais, que resolveu delimitar a música brasileira a um ou dois ritmos”, completa.

Internamente em Sergipe, Paulo Correia anda incomodado com um movimento de alguns acadêmicos sergipanos com a intenção, segundo ele, de lhe usurpar a condição de criador do Fórum do Forró. E isso o tira do sério. Leia na Entrevista Domingueira que vai estar no ar às 20h deste sábado, 6 de julho.