Aparte
“Sucessão em Aracaju está completamente indefinida”, diz o delegado Paulo Márcio, pré-candidato pelo Democracia Cristã

Ex-superintendente da Polícia Civil e ex-presidente Adepol, Paulo Márcio (à dir.) é mais um delegado que mergulha na política

A corrida eleitoral de Aracaju ganhou, oficialmente, mais um nome. Trata-se do delegado Paulo Márcio, 44 anos, - ex-superintendente da Polícia Civil e ex-presidente da Associação dos Delegados de Polícia - Adepol. Nesta semana, mais precisamente na última terça-feira, 14, a Executiva Estadual do Democracia Cristã - DC - aprovou, por unanimidade, o nome dele como pré-candidato a prefeito da Capital.

A vitória avassaladora do delegado Alessandro Vieira, senador da República pelo Cidadania, nas eleições de 2018, pelo jeito, despertou em Paulo Márcio, assim como outros profissionais da Segurança Pública, o desejo de entrar na política e concorrer a um mandato.

Paulo Márcio anunciou seu interesse em disputar a eleição municipal em setembro de 2019. Nessa época, o delegado era filiado ao Democratas, o DEM. Mas, como o tempo passou e ele não viu nenhuma definição do partido com relação ao lançamento ou não de candidatura própria para o pleito em Aracaju, o delegado caiu fora da sigla e buscou novos caminhos.

“Procurei me filiar e comecei tratativas com partidos que tivessem interesse em nosso projeto. Nessas conversas que tive com diversos dirigentes partidários, surgiu o Democracia Cristã, que está se reformulando aqui com o presidente Airton Costa, que assumiu a Presidência em menos de dois meses”, relata Paulo Márcio.

Segundo o delegado, a partir de agora, após o seu nome ser referendado pelo DC, é botar a mão na massa e começar os trabalhos de campanha, planejando o projeto de Governo, conversando com aliados e simpatizantes e cuidando da parte das candidaturas para a chapa proporcional – vereadores.

O trabalho, com certeza, será árduo. Uma pesquisa de fôlego feita pelo Instituto França de Pesquisas - IFP -, no apagar das luzes de 2019, colocou Paulo Márcio em colocações não muito boas. Na espontânea, ele sequer é citado. Na estimulada, fica atrás de nomes como Edvaldo Nogueira, Gilmar Carvalho, Valadares Filho, Emília Correia, delegada Danielle Garcia, Eliane Aquino, dr. Emerson, delegada Georlize Teles e deputado Rodrigo Valadares.

Diante deste cenário político, ao ser questionado pela Coluna Aparte se vê chances reais nesta eleição, o delegado diz que: “entendo que a sucessão de 2020 em Aracaju está completamente indefinida. O cenário é de uma eleição aberta. Então, há espaço para candidaturas novas”, rebate.

“O eleitor buscará, acima de tudo, uma conexão, identificação com o candidato a partir dos referenciais do próprio candidato, integridade, honestidade, ousadia, coragem e, claro, os projetos, ações e diretrizes”, afirma Paulo Márcio.

Nesse contexto, o delegado diz que sua candidatura apresentará o melhor projeto possível para Aracaju. “Tenho certeza que a medida em que a população for tomando conhecimento dessa forma nova de administrar e fazer política, a nossa candidatura vai ganhar espaço e, fatalmente, chegará ao final com êxito. Temos absoluta convicção”, destaca.

Para o delegado, pouco importa se o Democracia Cristã é um partido pequeno. “Iremos travar uma luta com grupos econômicos, verdadeiros esquemas políticos. Mas isso não nos inibe e não assusta. Pelo contrário. Isso só nos faz é nos encorajar no sentido de aprimorarmos o nosso projeto”, afirma.