Aparte
Neto de Cleonâncio Fonseca é muito lembrado pra prefeito de Pedrinhas

Netinho Fonseca: a soberania do povo jugará Mara da Farmácia

Netinho Fonseca, advogado, 31 anos, está dando o que falar na política de Pedrinhas, no Sul de Sergipe. Nas rodas políticas do lugar, o nome dele sempre está em evidência como uma das opções da oposição para a sucessão da prefeita Mara da Farmácia – a Ocimara Araújo Cruz Trindade, PDT.

Netinho Fonseca se mostra prudente, moderado, com os pés no chão, mas gosta disso. “Procede sim, essa situação. Você sabe que é natural no interior, quando já começam a falar muito disso até mesmo faltando um ano”, afirma ele.

“Começam a citar alguns nomes e o meu é um deles entre as pessoas. Fico feliz por essa situação. Com certeza, me anima. Quando digo que anima, é porque fico contente por essa situação. Mas acho que ainda está um pouco cedo. Essa decisão ainda será no próximo ano”, completa.

 

Netinho, que atende pelo nome de batismo de José Carlos Alves Santana Fonseca, que é o nome inteiro do avô materno, sem o adendo Neto, não se omite a, em 2020, analisar essa possibilidade eleitoral com maior precisão. “Com certeza. Não posso negar que a política corre em minhas veias. É o sangue político”, diz.

Neto do ex-deputado federal Cleonâncio Fonseca, sobrinho do ex-deputado estadual Venâncio Fonseca e do ex-prefeito de Boquim Luiz Fonseca, e filho do ex-prefeito de Pedrinhas, Kleber Fonseca, esse jovem é visto pela família como bastante promissor no terreno político. “É uma grande figura. Tem um futuro promissor”, baba o tio Venâncio.

Com tantos ex na família, é como se coubesse a Netinho Fonseca atalhar o futuro dos Fonseca e recolocá-los de volta nos trilhos da política. Daí a afirmação dele, de que não pode negar que a política corre em suas veias.

De 2001 a 2008, Kleber Fonseca, o pai, foi prefeito em Pedrinhas, com uma reeleição em 2004. Política foi sempre uma espécie de jardim de infância pra Neto. “Na realidade, as pessoas também comentam isso (uma eventual candidatura dele) por um fato que pode causar surpresa: eu participo das eleições de Pedrinhas desde os 8 anos de idade”, diz.

“Naquela idade eu já discursava nos palanques. Isso vem desde a primeira eleição de meu pai, que foi em 1996, na qual ele não obteve êxito. Aí o pessoal sempre via aquela figura, aquele garotinho nos palanques e sempre me imaginou político e nas disputas. Creio que vem disso”, reforça.

Netinho Fonseca “não é um político sem grupo”. Ele faz parte do agrupamento que perdeu a eleição em 2016, liderado por Domingos de Gonzaga, PSB. E nem parece movido por planos desagregadores. “Não abrirei dissidência em relação a Domingos de Gonzaga. Pelo contrário: sou um aliado dele e ele é meu amigo. Sou advogado dele nos processos eleitorais. Estamos sempre em sintonia. Conversando. E ele sempre me fala que é um pré-candidato”, afirma o advogado.

“Na realidade, eu nunca disse que seria candidato a prefeito. Digo apenas que me sinto feliz porque quando saio na rua com meus amigos as pessoas comentam que me querem como candidato. E é como eu digo sempre: ser candidato é algo natural. Todo mundo que está na política tem um sonho de administrar a sua cidade”, avisa.

Netinho Fonseca, que vive da advocacia na região e milita em Pedrinhas, nunca disputou um mandato eletivo. Ele diz que tem “as melhores relações” com o avô Cleonâncio Fonseca e julga, óbvio, bom o legado político do pai Kleber. “Eu sei que sou suspeito para dizer, por ser filho, mas as pessoas comentam comigo que o meu pai foi um dos melhores prefeitos que a cidade já teve”, pontua.

No julgamento da gestão de Mara da Farmácia, ele é mais comedido. “Sobre a gestão da prefeita, também sou suspeito para falar, porque fiz parte na eleição de 2016 na oposição, ao lado do candidato que perdeu. Então prefiro deixar para que outros julguem. Acredito que a melhor resposta a isso deve vir do povo daqui a um ano e meio. O povo é soberano para dar essa resposta. Eu prefiro me silenciar”, diz ele.