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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Fábio Reis: “Se o Hospital do Câncer de Lagarto tiver paternidade, ela é coletiva. São 12 pais”
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Fábio Reis: um hospital com paternidade difusa e coletiva

Através de uma intervenção, ou solicitação, do empresário paulista-sergipano Henrique Prata, mantenedor das Organizações Hospital do Amor - antigo Hospital do Câncer de Barretos, São Paulo -, o Estado de Sergipe vai ter o seu Hospital do Câncer, e será na cidade de Lagarto, que já mantém um polo de saúde via Universidade Federal de Sergipe.

Esta notícia reverberou forte em Sergipe na última terça-feira, 15, com parlamentares federais, individualmente chamado para si o peso da liberação de R$ 30 milhões do Orçamento da União para as Organizações do Hospital do Amor, mantidas por Henrique Prata a partir do município paulista de Barretos, mas com tentáculos em alguns Estados brasileiros.

Para o deputado federal Fábio Reis, MDB, coordenador da bancada de Sergipe para questões de orçamento da União, é uma imprudência a individualização da paternidade desse Hospital. “Em relação ao Hospital do Câncer para Lagarto, eu necessito dar a informação com mais precisão. Foi uma decisão de bancada, coletiva. Foi assim que eu pedi e foi acordado com todos, de forma coletiva, de modo que não tem aí um único pai da criança. Essa paternidade não é de ninguém. Ou é de todos nós. Se o Hospital do Câncer de Lagarto tiver paternidade, ela é coletiva. São 12 pais”, diz Fábio.

O décimo segundo pai seria, então, o pecuarista Henrique Prata. “Na terça-feira, quando finalizei a reunião da bancada, recebi uma mensagem do meu amigo, o deputado Baleia Rossi, dizendo que Henrique Prata estava querendo falar comigo. Liguei para Henrique, e ele me disse: “Tomei a decisão agora: vou construir um Hospital do Câncer em Lagarto. Preciso da sua ajuda””, revela Fábio.

“Eu fiquei surpreso e feliz com aquela decisão. Isso foi às 7 horas. Então, o que fiz? Com quem eu pude conversar, conversei. Marquei uma reunião na quarta no gabinete do senador Alessandro Vieira. Como nem todos puderam ir, marquei outra à tarde, e a maioria apareceu na sede do MDB. Henrique Prata falou do projeto, todo mundo ficou convencido, todo mundo aceitou e só fizemos um ajuste no valor: R$ 30 milhões e já está em ata como compromisso. Coletei assinatura de todos já para este ano. De modo que parabenizo a bancada. Esse é um compromisso de todo mundo”, diz Fábio.

“É bom para Lagarto, é bom para Sergipe e é bom para o Nordeste. Estão todos de parabéns: Henrique e os 11 parlamentares de Sergipe. O próprio Henrique Prata vai escolher o terreno. Ele me disse: “Fábio, vou lá um dia, calado, e vou dizer onde quero. Direi: “é esse o terreno””. Ele é de família lagartense. Avô e o bisavô são de lá e lhe pediam esse gesto. O projeto vai sair com recurso próprio, Esses recursos de agora serão para custeio do Hospital do Amor, de Barretos, e ele repassa o recurso do Hospital de Barretos para a construção do Hospital de Lagarto. Não precisará de todo aquele trâmite com o Governo Federal, projeto etc. O projeto vai ser dele. De parabéns estão todos, e Sergipe”, diz Fábio.

O deputado federal Gustinho Ribeiro, SD, cuja esposa Hilda Ribeiro está no comando da Prefeitura lagartense, garantiu num release (texto) na quarta que o Governo Municipal vai entrar firme no apoio. “A obra terá o terreno doado pela Prefeitura de Lagarto e custará em torno de R$ 120 milhões, bastando o envio de R$ 30 milhões por ano da bancada sergipana para concluir a obra em quatro anos”, dizia o release de Gustinho.

“Lagarto se tornará referência no Nordeste para o tratamento de câncer. Será a obra mais importante nas próximas décadas para o município e para a região Centro-Sul. E todo o Estado ganhará muito com isso”, disse ainda Gustinho Ribeiro, no mesmo texto.

“O maior propósito dessa unidade é reduzir essa distância, implantando em Sergipe o mesmo atendimento de qualidade e dignidade oferecido pela nossa instituição em São Paulo. A construção dessa unidade é uma forma que encontramos de cumprir com uma promessa feita ao meu pai, de ajudar a cidade natal da nossa família”, disse o empresário Henrique Prata, segundo um release do senador Alessandro Vieira, Cidadania, um dos que pegaram o atalho individual da paternidade do Hospital.

“O que a gente está fazendo aqui em Brasília para Sergipe é a chamada política com P maiúsculo, garantindo a fonte de recurso para poder efetivamente instalar um hospital na cidade de Lagarto, que já tem um polo de medicina. Reunindo de forma bastante objetiva as lideranças locais que fazem oposição na política da cidade, mas tem que se unir para defender a população de verdade, e garantindo que, ao longo de quatro anos, teremos recursos suficientes para ter essa obra de pé e o serviço prestado com qualidade para os sergipanos”, disse Alessandro Vieira, através do texto da sua assessoria.

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