Aparte
Opinião - Edvaldo Nogueira, a maturidade de não responder provocações e o respeito à pandemia

[*] Edson Júnior

Diz o ditado popular que “quando um não quer, dois não brigam”, e é exatamente assim que tem se comportado o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT, diante dos seus adversários, demonstrando equilíbrio e maturidade política ao não responder as provocações que lhe são feitas, muito menos se lançar em um antecipado processo pré-eleitoral tendo a cidade para administrar em meio a uma pandemia de Covid-19.

Edvaldo age com serenidade e compromisso com a cidade e seus moradores. Ponto para o prefeito. A oposição quer barulho, quer antecipar o processo eleitoral. As futricas em redes sociais alegram as torcidas nas arquibancadas, mas pouco alteram o curso da disputa. Ela se dará naturalmente no novo calendário instituído pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE -, com datas já fixadas.  

A recém-anunciada e festejada aliança entre Danielle Garcia, Cidadania, e Valadares Filho, PSB, por exemplo, une dois oposicionistas do prefeito Edvaldo Nogueira, portanto não mexe em seu bloco de apoio, que segue coeso, organizado e com novos aliados a serem anunciados até o pleito.

A pergunta é: o eleitor de Valadares Filho vota em Danielle Garcia? E o eleitor de Danielle, alimentado pelo discurso do “novo” na política, aceita uma união com o PSB dos Valadares, que já esteve aliado por décadas ao que o Cidadania cospe como “velha política”?

Algo que resplandeceu nessa união entre o Cidadania do senador Alessandro Vieira e o PSB do ex-senador Valadares é a incômoda posição do pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Márcio Macedo. Pelas pesquisas até agora divulgadas, ele não consegue sair de 1,7%. 

A dúvida que se coloca não é mais o milagre (ou o delírio) de o petista chegar ao segundo turno (se ele existir), mas de terminar o pleito abraçado ao último na disputa. 

A retórica de que Marcelo Déda começou a campanha de 2000 com 3% e se tornou prefeito não é adequada. Primeiro, porque o candidato nestas eleições não é Déda; segundo, porque estamos em outro momento político, com o PT ainda enfrentando uma terrível crise de imagem, que se arrasta desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, E, por último, as circunstâncias naquele ano eram bem diferentes.

Só para lembrar, o então prefeito João Augusto Gama, PMDB, muito bem avaliado e com uma reeleição tida como certa, desistiu da disputa e passou a apoiar Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira. Essa união foi fatal e a vitória veio fácil. Note o termo, caro leitor: união. Ela é importante neste momento de tanta desarmonia e clima de ódio ecoando pelo país. 

As constantes agressões ao prefeito Edvaldo Nogueira parecem causar euforia e bem-estar e quem bate, apenas uma falsa sensação de poder e força. Na verdade, revelam a fraqueza do agressor, o que ele tem a oferecer.

A oposição não vai admitir, mas sabe que está diante de um Edvaldo Nogueira amadurecido, ciente dos seus compromissos com a cidade e com um leque de realizações que não dá para esconder. 

E não são apenas obras que fortalecem o prefeito. Com uma vida limpa ao longo de mais de 32 anos de atividade pública, Edvaldo apresenta predicados que contam muito na hora de separar o joio do trigo. Edvaldo é ficha limpa! Uma exigência da sociedade que ele preenche. 

Nunca é demais lembrar a cidade que ele recebeu a partir de 2017. O orçamento deixado por seu antecessor era de R$ 1,8 bilhão e cerca de 34% dele - R$ 600 milhões - eram de dívidas. Também tinham duas folhas de pagamento não pagas, problemas na coleta de lixo, no transporte urbano, a cidade suja, administração e finanças desorganizadas e servidores desmotivados, sem receber seus salários em dia. 

O município precisava que o prefeito eleito resolvesse esses problemas, normalizasse os serviços urbanos e ainda realizasse obras indispensáveis em vários bairros. Dá para imaginar como gerenciar todas essas demandas com um 1/3 do orçamento comprometido com dívidas? 

Edvaldo sabia que precisaria trabalhar muito para colocar a cidade em ordem e fez algo que muitos gestores dão pouca importância: planejamento. Ele planejou o que faria e o fez com disciplina, foco e organização. Quando a oposição questiona o porquê de uma determinada obra ser realizada agora e não antes, é porque desconhece o que seja Planejamento. 

Cumprindo o que planejou, em um ano a cidade sentiu os efeitos positivos do que o prefeito realizou. Aracaju mostrava outra fisionomia e hoje vê-se uma capital aberta em obras. São centenas, que tomariam muitas linhas para citar neste artigo. 

Seus adversários perceberam essa transformação na cidade e passaram a fazer ataques sequenciais para desqualificar a gestão. Tudo passou a ser motivo de críticas. Não importa se a obra é importante para as pessoas, tem que bater no prefeito.

Quando as obras de mobilidade urbana, especialmente na avenida Beira Mar, tiveram início, fizeram muito barulho por conta dos transtornos que toda obra provoca, sobretudo em vias de grande fluxo. Mas ela terminou e quem passa na avenida Beira Mar neste momento percebe que valeu a pena ter paciência e acreditar na obra, não nos discursos destrutivos sobre ela.

Outra intervenção do prefeito e que a oposição fez muito barulho foi a avenida Euclides Figueiredo. Quantos anos a população daquela região sofreu por conta de enchentes à mínima chuva que caísse na capital?

O nome de quem colocou os pés na lama e se dedicou a solucionar esse problema está na memória dos moradores daquela região: Edvaldo Nogueira. Os trabalhos estão em reta final e as chuvas que caem atestam a qualidade e os benefícios da obra para moradores e quem trafega diariamente pela avenida. 

As obras na avenida Hermes Fontes também foram recebidas sob fortes críticas da oposição. A máquina de triturar o prefeito ficou ligada no automático. Os serviços também caminham para a conclusão e o que se vê é uma avenida ampla, funcional, moderna, com novo paisagismo e arborização, que vai melhorar a mobilidade da cidade e a qualidade de vida dos cidadãos. 

A desocupação nas Mangabeiras para a construção de 1.102 unidades habitacionais para os menos favorecidos não escapou às críticas. Impressionante a falta de limites da turma em reclamar sobre tudo. Mas ao final, será mais uma obra de relevância e de alcance social na gestão de Edvaldo Nogueira. 

Infelizmente, as eleições em Aracaju tendem a ser uma guerra contra o prefeito, não um debate de ideias sobre a cidade e a vida dos aracajuanos. É preciso que o eleitor esteja atento à condução de campanha de cada candidato e digam não à violência!, porque ela nada constrói de bom.

Edvaldo Nogueira está correto em não aderir a esse tipo de jogo, não partir para o revide às agressões. Faz certo dar sequência à administração da cidade. A sociedade quer resultado, não gente que reclama de tudo em ataques carregados de ódio. 

Atitudes agressivas falam muito sobre pessoas, são legados a serem lembrados no futuro. Há os que trabalham duro e os que reclamam de tudo, cada um que deixe escrito quem foi e o que fez. A história não mentirá.

[*] É jornalista.