Aparte
Sales Neto revela projeto que pretende digitalizar 100% da atividade do Governo

Sales Neto: “Uma cidade-capital inteligente precisa de um Estado Inteligente e de uma infraestrutura à altura”

O secretário de Estado da Comunicação do Social de Sergipe, jornalista Sales Neto, revela detalhes do projeto de tecnologia que quer tornar, ainda dentro do Governo de Belivaldo Chagas, PSD, a gestão de Sergipe 100% digital.

“O governador Belivaldo Chagas entende que a transformação de um governo analógico num governo digital só traz vantagens para o cidadão e para o próprio Estado”, diz o secretário à Coluna Aparte.

“No fundo no fundo, o olhar do governador, quando encampa o projeto de um governo digital, é o de prestar um serviço melhor para o cidadão - por isso que, previamente, estamos batizando o programa com o nome de Governo Direto”, diz Sales. Veja a entrevista dele a esta Coluna sobre o tema. 

Aparte - O Governo de Sergipe pretende digitalizar toda a sua burocracia interna em que objetivo?
Sales Neto -
O governador Belivaldo Chagas entende que a digitalização, que a transformação de um governo analógico num governo digital, só traz vantagens para o cidadão e para o próprio Estado.

Aparte - Quais?
SN -
A primeira delas é a da economia, quando se deixa de gastar papel, e a contribuição com o meio ambiente. Faz também com que os serviços do Estado sejam prestados com maior eficiência. No fundo no fundo, o olhar do governador Belivaldo Chagas, quando ele encampa o projeto de um governo digital, é o de prestar um serviço melhor para o cidadão - por isso que, previamente, estamos batizando o programa com o nome de Governo Direto. 

Aparte – Em que pé está essa projeção?
SN -
Num primeiro momento, há muito trabalho a ser feito, porque há muita demanda. O governo está numa fase de mapeamento das condições atuais para que comece a se implantar, num primeiro instante, a digitalização em si. Num segundo momento, a abolição plena do papel e, paralelo a isso, a prestação de serviços totais por meios digitais.

Aparte - Mas isso está previsto para acontecer já no ano de 2020? 
SN -
Sim, em 2020. Agora em 2019 está sendo feita toda a preparação, o mapeamento, o planejamento mas, justiça seja feita, já existem até algumas iniciativas nesse sentido dentro do Governo. Nós temos trabalhos isolados em algumas Secretarias e órgãos que já saíram na frente, mas isso é algo que o governador quer transformar em uma cultura ampla e geral de todo o Governo. 

Aparte - Terá que custo esse projeto?  
SN -
Não temos esse dado ainda. Estamos ainda levantando isso. Como eu frisei, a gente está ainda numa fase muito inicial. Estamos mapeando primeiro o que já existe e o que não existe para que possamos ter o levantamento de recursos financeiros e humanos que precisarão ser colocados. Isso já está acontecendo. Inclusive existem linhas de financiamento com o BID e com o próprio Governo Federal, que, aliás, está trabalhando muito fortemente isso através de uma Secretaria que eles têm de modernização ligada ao Ministério das Finanças. O Governo de Sergipe vai implementar isso aqui também.

Aparte - Quando o projeto for para ser implementado enfim, que Secretaria vai capitaneá-lo? Tem uma área específica?
SN -
Tem, sim. Será por vida da Superintendência de Modernização e Gestão - Sumog -, que fica na Secretaria de Estado da Administração - SEAD. O governador vai obviamente colocar essa ação embaixo de um guarda-chuva especial - e as esquipes do governo estão nesse momento trabalhando o mapeamento de ponto em que nós estamos. 

Aparte - Tem algo que garanta uma boa preexistência disso?
SN -
Sim. Por exemplo, nós descobrimos que já temos toda uma rede de fibra ótica aqui na Grande Aracaju capaz de suportar toda essa universalização de serviços que a gente quer prestar online para a população. Esse cabeamento de fibra ótica na Grande Aracaju, como um circuito, já foi todo fechado. 

Aparte - O Governo está observando a materialização disso na Prefeitura de Aracaju, onde há em curso algo parecido?
SN -
Sim, sabemos que a Prefeitura de Aracaju trabalha já uma modernização nessa linha. O prefeito Edvaldo Nogueira colocou como um dos pilares do planejamento dele a Cidade Inteligente - e uma cidade-capital inteligente precisa de um Estado Inteligente e de uma infraestrutura à altura. 

Aparte - O senhor considera uma missão trabalhosa?
SN -
Diria que é um trabalho muito grande que temos pela frente. Basta ver quantas frentes a gente tem que mapear na infraestrutura, aquilo que já existe em termos de digitalização no governo, aquilo que não existe, para que a gente possa colocar; os serviços que já podem ser prestados pelo meio digital, e aqueles que não estão e que podem entrar. Mas nós temos um mandato ainda de três anos e meio e o objetivo do governador é de que iniciemos esse projeto o mais rápido possível. Se puder, ainda neste ano. Mas se não conseguirmos, porque estamos nessa fase embrionária, muito inicial, no máximo no ano que vem. Para que ao longo dos três anos restantes consigamos entregar para o próximo governante se não a plenitude, pelo menos o caminho já traçado.