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Reportagem Especial debate abandono paterno

Sergipe tem cerca de 48 mil “filhos sem pai”

Provavelmente, você deve conhecer uma pessoa que não tem o nome do pai em seus documentos. Pelas estatísticas, isso é, infelizmente, mais comum do que se imagina: são 5,5 milhões de pessoas no país e cerca de 48 mil em Sergipe, segundo a Corregedoria Geral de Justiça, do Tribunal de Justiça do Estado.

O número é alto e preocupa. “O direito ao nome é um direito imprescritível, que pode ser requisitado a qualquer momento, em qualquer época da vida, independentemente da idade da pessoa. Nunca prescreve”, diz a promotora Lilian Carvalho, da 8ª Promotoria dos Direitos do Cidadão, especializada nos Direitos da Infância e da Adolescência do Ministério Público de Sergipe.

O órgão criou, em 2004, o Projeto Paternidade Responsável e já conseguiu cerca de 2 mil reconhecimentos sem a necessidade de se criar uma demanda judicial. Para Lilian Carvalho, o Projeto ajuda a mudar uma realidade que, em parte, é causada pela ideia de sociedade machista que impera até hoje.

Profissionais de outras áreas, como advogados e psicólogos, também foram ouvidos e opinam sobre as causas e as consequências desse cenário que, ainda hoje, é um tema que precisa ser trazido à tona. A Reportagem Especial estará disponível no domingo, 26, a partir das 20h.