Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

“Sou um grande servidor. Meu nome está à disposição da sociedade”, diz Pedro Barbosa, ex-prefeito de Boquim
Compartilhar

Pedro Barbosa coloca seu nome à disposição do grupo para disputar a Prefeitura em 2020

Ex-prefeito de Boquim - governou entre 2005 e 2012 - Pedro Barbosa, PSD, é cotado para se candidatar à Prefeitura do município novamente em 2020. E não nega e nem foge disso. Inclusive, foi citado na Coluna Aparte, na nota: “Jorge Mitidieri não pretende ver filhos disputando Boquim e aposta em Pedro Barbosa”, publicada na última segunda-feira, 14. Contudo, caso isso se concretize, ele se esbarra numa pedra: as contas do segundo mandato foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado - TCE -, por terem ultrapassado o limite prudencial de gastos com pessoal, chegando a 60%.

 Questionado pela Coluna Aparte se tem preocupação em ser condenado pela Câmara de Vereadores de Boquim - que tem o poder de aprovar ou não as contas -, e, consequentemente, ficar impedido de se candidatar, ele diz: “Não. Estou muito tranquilo, porque minhas contas não têm nada que me venha desabonar”.

 Pedro cita dois motivos que, na visão dele, levaram o TCE a rejeitar suas contas e garante que a rejeição não é por malversação de dinheiro público. Segundo ele, foi causada pelo custeamento do salário dos professores e pelos sucessivos programas criados pelo Governo Federal.

“Em Boquim, foi criado um plano de cargos e salários do magistério já na final da gestão do ex-prefeito Luiz Fonseca, que quem elaborou foi o Sintese e sem o acompanhamento do município. Imagine! Esse plano impactou de tal forma que 100% dos recursos para a educação não paga a folha, a Prefeitura tem que entrar com recursos próprios”, relata Pedro Barbosa.

Diante destas justificativas, Pedro crê na reversão. “Os vereadores que hoje lá se encontram acompanharam todo o histórico, são conscientes de que não houve descuido do gestor. O gestor fez tudo que era possível”, ressalta. Além do mais, seu grupo político tem a maioria na Câmara, composta por 11 parlamentares. “Temos sete, e para aprovar precisa de dois terços (justamente correspondente a sete)”, informa.  

“Sinto-me tranquilo. Acho que não há interesse por parte de ninguém de crucificar Pedro por conta disso, até porque se isso se tornar jurisprudência, como vão aprovar Jean, Eraldo, porque o problema é o mesmo”, destaca Pedro. De acordo com ele, Jean Carlos, PSD, seu sucessor, ultrapassou o limite, chegando a 72%, já o atual prefeito Eraldo Dantas já está com mais de 80%.

Independentemente de aprovação ou não das contas, uma coisa é certa em Pedro: “Eu sou um grande servidor. Meu nome está à disposição do grupo, da sociedade”, frisa. Pedro é generoso e também cita outras figuras que podem servir a sociedade de Boquim na Prefeitura ao invés dele. “Nosso grupo é grande, com bons nomes, como doutor Luiz Mitidieri, Claudio Mitidieri, Jorge Mitidieri, o ex-prefeito Jean, George Trindade, Marcos Trindade, Cloves Trindade. Tem vários nomes que podem se colocar à disposição”, elenca.

Deixe seu Comentário

*Campos obrigatórios.