Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

“Valmir de Francisquinho se fez a opção da liberdade”, diz Adailton Souza
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Adailton Souza: aquecendo os tambores para a festa eleitoral

Ele quer sucedê-lo, e diz que não tem medo de Luciano Bispo e nem de Maria Mendonça, unidos ou separados. Adailton Souza, 54 anos, PL, secretário-Chefe de Gabinete do Governo Municipal Itabaiana, está sendo preparado para tentar suceder o prefeito Valmir de Francisquinho, PL, com a eleição do ano que vem. 

Hoje ele se encaixa na categoria dos pré-candidatos. E, nesta condição, Adailton Souza é cuidadoso. Não fala pelos cotovelos. Mas, no pouco que diz, demonstra segurança e conhecimento da cidade, da sua gestão, das necessidades futuras e parece desassustado em face da realidade política do lugar, que é uma das mais aguerridas do Estado.

Adailton Souza não sabe especificar se Luciano Bispo e Maria Mendonça darão os braços com uma única candidatura a prefeito em 2020 em Itabaiana. Mas não tem temor de apontá-los já unidos na Câmara Municipal de Itabaiana e na Assembleia Legislativa de Sergipe contra os interesses do grupo de Valmir.

Política e eleitoralmente, no entanto, Adailton Souza manifesta pleno destemor em relação aos dois oponentes. “Não temo nem a união deles, nem que eles venham separados. Acho que o nosso grupo está preparado para enfrentar qualquer situação”, diz sem empáfia.

E é aqui onde Adailton Souza mexe essencialmente nos pilares da política de Itabaiana, com um discurso que deve nortear a campanha, sendo ele ou não o candidato apoiado por Valmir. “Eu deixo bem claro para todos os itabaianenses - e a expressa maioria me entende - que a liberdade plena chegou a Itabaiana após Valmir de Francisquinho”, diz ele.

E destrincha mais: “O conceito é o de que Valmir chegou para trabalhar e para dar liberdade ao povo de Itabaiana. Antes de Valmir, Itabaiana tinha duas opções, dois agrupamentos políticos que se alternavam no poder e as pessoas não tinham opção. Valmir veio como essa terceira opção. Valmir se fez a opção da liberdade”, avisa Adailton. 

Hoje, entre zero e 10, Adailton Souza acha que tem cinco de chances de vir a ser o candidato a prefeito ungido por Valmir de Francisquinho. Se com apenas cinco, ele já está demarcando terreno assim, imagine se atingir os 10. 

Veja pequena entrevista que esse ex-secretário de Administração e Gestão de Pessoas de Itabaiana concedeu à Coluna Aparte.
 
Aparte - De zero a 10, qual é a chance de o senhor sair candidato a prefeito de Itabaiana ano que vem pelo grupo de Valmir de Francisquinho?
Adailton Souza -
Eu diria que a minha chance chega a cinco.

Aparte - Está faltando o quê para o senhor fechar esses 10 de possibilidades?
AS -
Ah, na verdade, está faltando uma conversa com o grupo - um grupo que está crescendo. Hoje nós temos a adesão do DEM, comandado pelo ex-deputado federal José Carlos Machado. Nós temos a adesão do vereador Vardo da Lotérica, que veio com o seu filho Breno Gois filiar-se ao PL - Breno vai disputar mandato de vereador ano que vem no lugar do pai. Também temos o suplente de vereador Fabinho, que veio do MDB se filiar ao nosso PL e a todo o grupo que já estava com o prefeito Valmir de Francisquinho.

Aparte - O que o senhor pode fazer pessoalmente para que esses cinco cheguem aos 10? Vai esperar só pelo prefeito Valmir?
AS -
Na verdade, eu vou esperar por todo o grupo. O diferencial de Valmir de Francisquinho aqui em Itabaiana é esse: a decisão não vem de cima para baixo, só dele, e sim de uma conversa entre o grupo. Se o grupo decidir que o candidato será Adailton Souza, eu, como já falei anteriormente aqui nesta mesma Coluna, estarei pronto, de pé e à ordem.

Aparte - Quais os seus limites de prazo para essa definição? 
AS -
Veja, não estabeleço um limite específico para trabalhar para que seja o meu nome. Acho que me credenciei muito trabalhando ao lado do prefeito Valmir de Francisquinho em toda a sua administração. Então conheço a gestão e isso deve vir com naturalidade. 

Aparte - O senhor acha que é fácil se bancar uma candidatura apoiada por Valmir de Francisquinho no ano que vem ou tem complicações?
AS -
A verdade é que as eleições são sempre difíceis. Em Itabaiana, a população respira eleição - e nós não trabalhamos com a ideia do fácil. A gente espera enfrentar dois agrupamentos tradicionais em Itabaiana. Ou, como se fala por aqui, uma união entre os dois. A gente tem que estar muito preparado para enfrentar essa hegemonia que eles - os Teles e os Bispo de Lima - tiveram durante 40 anos.

Aparte - Qual é o seu conceito do legado de Valmir durante esses sete anos de gestão?
AS -
O conceito é o de que Valmir chegou para trabalhar e para dar liberdade ao povo de Itabaiana. Antes de Valmir, Itabaiana tinha duas opções, dois agrupamentos políticos que se alternavam no poder e as pessoas não tinham opção. Valmir veio como essa terceira opção. Valmir se fez a opção da liberdade. Eu deixo bem claro para todos os itabaianenses - e a expressa maioria me entende - que a liberdade plena chegou a Itabaiana após Valmir de Francisquinho.

Aparte - O senhor acha que existe a possibilidade de Luciano Bispo e Maria Mendonça se unirem no pleito de 2020?
AS -
Na eleição, eu não posso lhe afirmar isso. Mas dentro da conjuntura política que se encontra no momento na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa de Sergipe, sim, existe essa possibilidade.

Aparte - A união política dos dois beneficia ou atrapalha o projeto dos senhores?
AS -
Eu vejo que para o nosso grupo, isso independe. Não temo nem a união deles, nem que eles venham separados. Acho que o nosso grupo está preparado para enfrentar qualquer situação.
 
Aparte - Para além do que Valmir de Francisquinho já fez, qual é a grande demanda que Itabaiana tem de futuro a partir de 2021? O que a cidade exige e requer?
AS -
Veja bem: na verdade, Valmir foi um prefeito que se empenhou muito na infraestrutura do nosso município. Essa demanda, vem de muitos anos. De gestões passadas. Infelizmente, Itabaiana parou por muitos anos e aí Valmir investiu muito na infraestrutura. Agora, nós temos alguns “pecados capitais”. Precisamos investir muito mais no nosso turismo. As pessoas têm que conhecer as belezas naturais de Itabaiana. 

Aparte - E tem muitas belezas a serem reveladas?
AS -
Tem. As pessoas passam por aqui para visitar o Cânion do Rio São Francisco, lá em Canindé, e não entram em Itabaiana para ver os Pilões da Ribeira, o Poço das Moças, o Parque dos Falcões ou a Serra de Itabaiana. Então, se há um investimento que Valmir não fez, foi no turismo, que nós devemos fazer futuramente, como também no meio ambiente. O meio ambiente não é só uma questão de saúde pública. É também de educação. Nós temos que educar o nosso povo para se aliar à campanha do meio ambiente. Na coleta seletiva, na proteção geral. Essas são duas áreas importantíssimas nas quais a gente tem que investir muito mais.

Aparte - Itabaiana já deu demonstrações de que na agricultura e no comércio é empreendedora. Se isso fosse trabalhado e administrado para fomentar o desenvolvimento industrial, não poderia haver um salto?
AS -
É certo que Itabaiana não teve aquela performance industrial até agora. É forte no comércio e são pequenas as indústrias. Concordo com você. Essa é uma política na qual também não investimos muito. A gente tem que ter uma política de incentivo às indústrias para que venham para Itabaiana. Isso junta uma coisa com a outra: a indústria, com o comércio e a agricultura de Itabaiana.

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