Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Belivaldo Chagas espera reeleição de Edvaldo logo no 1º turno, e fortalecimento para 2022
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Belivaldo Chagas: lendo política com leveza, liberdade e aliancismos

O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, PSD, admite que tem “enorme interesse” sobre as sucessões municipais nas 75 cidades que compõem o Estado, diz que deliberou seu apoio às candidaturas de agora a partir de um olhar retroativo sobre os grupos que lhe apoiaram em 2018, acredita que essas eleições delineiam o projeto da sua própria sucessão em 2022 e manifesta intenção de ver a reeleição de Edvaldo Nogueira, PDT, em Aracaju definida ainda no primeiro turno, que acontece no dia 15 de novembro.

“Vamos trabalhar para vencer com Edvaldo Nogueira em Aracaju logo no primeiro turno. Agora, não estou aqui para menosprezar a força de qualquer candidato e de quem quer que seja. Mas o ideal é que vençamos no primeiro turno, e vamos trabalhar para isso”, disse Chagas, com exclusividade à Coluna Aparte.

“Eu poderia até dizer não tem um município no qual eu esteja prestando mais atenção, por achar que todos são importantes no projeto dessa eleição. Agora, claro que Aracaju desperta um interesse coletivo maior pelo peso político-eleitoral. De modo que dizer que a preocupação maior sempre foi Aracaju é algo natural. Mas isso não tira a relevância em relação aos demais municípios”, diz Belivaldo.

É aqui que Belivaldo Chagas diz que o termômetro de apoio dele neste ano é regulado pelas alianças feitas em 2018. “De modo que a minha opção em Lagarto é com os Reis, com Sérgio Reis, porque foram eles que estiveram comigo desde o primeiro momento da eleição para governador e estão no projeto todo o tempo”, diz.

“Para mim, é importante a eleição de Valberto de Oliveira Lima em Propriá, assim como é importante a eleição de vários outros companheiros em outros municípios. Em Tobias Barreto, é com Diógenes Almeida que vou, e não podia ser diferente. Em Poço Verde, nosso compromisso é com Iggor Oliveira. Em Socorro, é com a reeleição de Padre Inaldo e com Manelito Franco e Zé Franco”, diz. Ainda de Propriá, Belivaldo diz que nem se surpreendeu com Luciano de Menininha, DEM, anunciando uma candidatura em cima da hora. “Até porque o nome dele vinha sendo ventilado há muito tempo”, pondera.

“Em Itabaiana, da mesma forma, vou com Luciano Bispo e Edson Passos, que é o mesmo grupo esteve comigo o tempo todo, desde o primeiro momento lá atrás. Aliás, não apenas na minha eleição de governador, mas já vieram das eleições de Déda e de Jackson. E em Estância, estou Gilson Andrade, que passou a fazer parte do nosso projeto, e lá temos vários candidatos a vereadores que estiveram também, através do próprio PSD, no nosso compromisso com Gilson”, diz.

“Assim como em São Cristóvão estou Marcos Santana, que desde o primeiro momento também esteve conosco”, reforça. Em Simão Dias, sua cidade natal, a opção de Belivado foi por Aloízio Viana, PSC, atual vice-prefeito ao lado de Marival Santana, PSC, que não pode ir à reeleição.

O PSD indicou como candidato a vice dali o vereador Fábio Rabelo. Em Simão Dias há uma queda de braços entre Belivaldo e o ex-senador Valadares. “Esta semana ele me esculhambou lá nas mídias sociais. Alguém tem que dizer a Valadares que ele precisa vestir o pijama em definitivo”, fustiga Belivaldo.   

O governador de Sergipe, que foi reeleito em 2018 sob uma pareceria com o PT, relativiza o fato de na principal cidade sergipana, Aracaju, e até pelo Estado a dentro, o PSD e o PT não estarem juntos. “Não vejo conflito em lugar nenhum mesmo. Apenas cada um tomou a decisão que achou que deveria tomar, e a gente respeita. Cada um que siga o seu caminho”, diz.

Belivaldo evita até potencializar para pior a sua relação com a vice- governadora Eliane Aquino, PT, que obviamente pegou o rumo da candidatura do seu partido, com Márcio Macedo, a prefeito de Aracaju, e faz um discurso de enfrentamento a Edvaldo. “Não existe nada para pior, porque eu não tenho nenhum problema em relação à vice-governadora. Ela é livre para tomar as decisões políticas dela”, diz.

Mas Belivaldo Chagas não desanexa estas eleições de 2020 da de 2022, quando o sucedido será ele próprio, sem mais direito à reeleição. “Cada eleição é diferente uma da outra. Agora, é lógico que para nós a força que poderá vir através dos resultados nas eleições desse ano nos mais diversos municípios vai mostrar quem é que estará em melhores condições para 2022. Nós estamos trabalhando para que façamos o maior número possível de prefeitos no interior do Estado e que essa melhor condição esteja conosco”, prefixa Belivaldo Chagas.

 

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