Politica & Negócios
Maria Tereza Andrade

É jornalista graduada desde 1995 e tem experiência em veículos de mídia em Sergipe e no Brasil.

Juliano César: “A retomada econômica será mais fácil se os empregos forem preservados”
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Juliano César de Faria Souto: momento exige união para superar a crise

EMPRESAS IDEALIZADORAS DO MANIFESTO 

Accenture, Alpargatas, Ânima Educação, Atmo Educação, Banco Inter, BR Distribuidora, BR Partners, Bradesco, BRF, BTG Pactual, Camil, C&A, CI&T, Cosan, Cyrela, Dasa, Grupo Boticário, Grupo Pão de Açúcar, Itaú Unibanco, J. Macêdo, JBS, Log CommercialProperties, Lojas Renner, Magazine Luiza, Microsoft, MRV Engenharia, Natura, Porto Seguro, PwC, Rede D´Or, Rodobens, Salesforce, Santander, Sapore, SEB, Stefanini, Suzano, UNIPAR, Vivo, WEG, XP Investimentos.

Adesão é feita pelo site https://www.naodemita.com

Ganha força o movimento Não Demita, que conta com a participação de médios e grandes empresários brasileiros. Eles defendem a manutenção dos empregos como uma das propostas de enfrentamento ao coranavírus na esfera econômica.  

A ideia é esperar pelo fim - ou ao menos pela diminuição - do isolamento social para o país ter uma melhor clareza sobre os impactos econômicos do novo coronavírus.

Para divulgar a proposta, um manifesto foi lançado no dia 3, com um apelo aos empresários para que não reduzam o quadro de funcionários até o fim do mês de maio - menos de 24 horas após a divulgação do documento, a iniciativa já contava com a adesão de mais de mil empresas.

O manifesto faz uma convocação “de empresário para empresário” e destaca: “A primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você - começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio. É por isso que nossa maior responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários.”

EGOS EM SERGIPE

Entusiasta da iniciativa, o empresário sergipano Juliano César de Faria Souto, do Grupo Fasouto, defende a manutenção dos empregos não apenas pela perspectiva da responsabilidade social, mas também como uma alternativa concreta de enfrentamento à crise.  

“Como atividade essencial, tenho que manter minha empresa funcionando. Mais de 8 mil pequenos comerciantes dependem de mim. Como vou criar mais um problema demitindo nossa força de trabalho?  Não podemos nos desestruturar. Temos que estar preparados para retomar com mais força as atividades quando o momento clarear. E a retomada econômica será mais fácil se os empregos forem preservados”, avalia Juliano César.

“Além disso, é o momento de cuidar de quem está próximo da gente, e quem está mais próximo do que o meu colaborador? Este é o cunho da situação. O momento exige união para a superação da crise, e demissões só iriam agravar o atual quadro econômico e social”, defende o empresário.

MP 936

Para ele, as medidas do Governo Federal, em especial a Medida Provisória - MP - 936/20, promovem condições de apoio ao empresariado para que seja possível o enfrentamento ao coronavírus com a manutenção dos empregos.

Juliano César lista algumas dessas propostas, como o pagamento de um benefício emergencial pelo Governo, o Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e Renda, e a possibilidade de redução de jornada e de salário e de suspensão do contrato de trabalho.

É importante ressaltar, no entanto, que a MP 936/20, que permite que a negociação entre patrões e empregados sem a participação dos sindicatos e é considerada a base para a efetivação das medidas do Governo Federal, foi suspensa liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal - STF -, em decisão do ministro Ricardo Lewandowski, e deve ser votada em plenário na próxima semana.

“A MP 936/20 foi criada como uma alternativa segura para a sobrevivência dos negócios e, sobretudo, para a proteção do trabalhador neste momento de pandemia”, defende a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços - Unecs.

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