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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Márcio Macedo se propõe a ser candidato do PT a prefeito de Aracaju
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Márcio Macedo: resgate do espólio do PT

O vice-presidente nacional do PT e primeiro suplente de deputado federal por Sergipe Márcio Macedo defendeu nesta terça-feira, 23 de julho, que o PT tenha candidato próprio à sucessão de Aracaju no ano que vem. E mais: que esse candidato seja ele.

“É natural que o PT tenha um sentimento de candidatura própria a prefeito de Aracaju tanto na militância quanto nas lideranças. Isso pelo tamanho do PT, pelo resultado eleitoral de 2018, pela história do partido, pelo legado de Marcelo Déda aqui, pelo legado de Lula na cidade de Aracaju e no Estado e pela posição dos quadros políticos do PT. Então não tem que ser interpretado de forma diferente da naturalidade da política”, disse Márcio Macedo.

“Eu acho que o PT tem amadurecido essa pré-candidatura. Se no momento certo esta for a conclusão, o PT vai apresentar para aprovar essa decisão em suas instâncias internas e depois apresentar o decidido ao conjunto dos partidos aliados, que compõem esse bloco, para avaliar essa possibilidade”, reforça Macedo.

Nesse contexto, Márcio Macedo diz esperar que o governador Belivaldo Chagas embarque no apoio -apesar de o governador já ter dito em Entrevista a esse Portal que se Edvaldo Nogueira for à reeleição não vê motivos para votar contra. “Nesse aspecto, primeiro é preciso dizer que nós e o povo sergipano sabemos o papel que nós do PT cumprimos na eleição de Belivaldo Chagas no ano passado”, afirma Márcio.

“Agora, é óbvio que o governador tem toda e total liberdade para tomar a decisão que ele achar melhor. Mas é preciso medir o papel do legado de Déda, de Lula, da campanha do Fernando Haddad que se saiu vitoriosa em Sergipe e em Aracaju. Nós sabemos o que nós fizemos e se tomarmos a decisão de candidatura própria vamos reivindicar que aquela coligação de 2018 possa nos apoiar -claro que o governador está incluso aí -, que a coligação que ele liderou apoie a candidatura do PT”, diz.

Márcio Macedo se coloca no contexto de ser o candidato a prefeito de Aracaju mediante outros nomes vistosos do PT não manifestarem interesse nisso. “O senador Rogério Carvalho tem dito que não quer ser o candidato do PT e a vice-governadora Eliane Aquino nunca disse que quer ser. Então, num cenário desses, com esses dois nomes que estão bem posicionados, mas de fora, é natural que o meu nome seja lembrado pelo partido em função da minha história no PT”, diz Macedo.

E que história é esta? “O fato de eu ter sido o deputado federal mais votado na coligação de Aracaju em 2018, o fato de eu estar sem mandato e de ter também o sentimento de injustiça de setores da sociedade por eu ter tido uma votação expressiva -, acima de mais três outros candidatos a deputado que foram eleitos -, e de não ter entrado, tudo isso gera um clima à minha disposição para a luta, para o combate, para a militância, para a materialização de uma candidatura”, diz Márcio - ele obteve 49.055 votos, e Bosco Costa, Valdevan Noventa e Fábio Henrique com bem menos que isso foram eleitos.  

“E mais que isso: tenho estudado a cidade e me preparado para, se o PT assim decidir por candidatura própria, estar pronto para o desafio. Assim como se o PT tomar outro caminho estarei também pronto para contribuir. E quero dizer que a recepção à minha pessoa nas ruas de Aracaju tem sido a melhor possível. Não tenho rejeição. As pessoas sabem distinguir as minhas posições e as do partido. Às vezes nem gostam de Lula, mas sabem nos diferenciar. As pessoas sabem que eu tenho posição. Elas me conhecem e sabem que eu não engano ninguém. Eu tenho posição e sou da linha filogenética de Déda”, diz ele. Filogenética é um ramo da biologia que estuda a evolução das espécies de forma global.

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