Emília Correa: “Machismo na Câmara ofende, afeta, mancha”

Entrevista

Jozailto Lima

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Emília Correa: “Machismo na Câmara ofende, afeta, mancha”

Publicado em 2 de março de 2019, 20h00

“Que as mulheres cheguem-chegando e não como laranjas de ninguém”

Ela se chama Emília Correa Santos, mas bem que poderia chamar-se Hiperatividade Correa. Tem 56 anos - é de 28 de julho de 1962 -, nasceu em Lagarto e é mãe de filhos de 30 anos - Rodrigo - e de 28 - Lara.

Antes de ser uma hiperativa e barulhenta vereadora de Aracaju, Emília Correa, Patriota, é advogada e defensora pública. Da formação e da profissão, conduziu à tribuna do parlamento municipal um estilão palavroso, meio tribunal do júri.

E com esse estilão, Emília Correa se impõe e se afirma. É como se fosse uma necessidade de sobrevivência, por ser apenas uma mulher entre 23 barbados que compõem os 24 membros do Poder Legislativo Municipal de Aracaju. 

E é dessa composição que Emília vê surgir o peso do seu calvário, manifesto em forma de machismo de seus pares. “As dificuldades maiores são as questões do machismo, que são da cultura nossa e que ofendem, afetam, mancham. É deselegante, e foi o que mais entendi como complicações inicialmente”, diz ela.

“Depois, vi outra coisa, também terrível, que é o descumprimento do regimento e das regras. A falta de respeito às regras e às leis, mesmo sendo a Câmara uma Casa que faz leis. A mim causou mais estranhamento ainda porque eu venho da formação do Direito. Do respeito à lei. Às decisões”, diz Emília Correa.

Nessa ambiência, admite a vereadora, estava estruturado o propício caldo de cultura para as agressões de gênero. Diz ter sofrido as do Diabo nos embates com os dois líderes do governo municipal - os vereadores Antônio Bittencourt e Vinicius Porto.

“É triste o embate com qualquer um deles, porque eu sofri ofensas terríveis na legislatura de 2017 com o vereador Antônio Bittencourt. Ofensas ao gênero, à mulher inclusive - embora tenha sido negado. E com Vinicius Porto, quase sem palavras, de tão baixo que é o nível do debate. Ele não fala a verdade. Ele fala tanta mentira que nem ele próprio acredita, e sem mudar o tom, mas ofendendo a imagem, a mulher, o parlamento e a mim”, diz ela.

Mas, apesar dessa ambiência, Emília não baixa a voz e muito menos a cabeça. Enfrenta, criticamente, e com certa virulência, até o prefeito Edvaldo Nogueira e o presidente da própria Câmara, Josenito Vitale. Ela discorda da visão positiva que o prefeito faz da gestão e da cidade de Aracaju.

“Tudo isso é fantasioso, porque não vejo nada disso nas ruas. Eu ouço as pessoas reclamarem da saúde, dos buracos. E agora ele vem, num ano que antecede a eleição, e diz que a cidade está se transformando, está voltando a ser uma “cidade de qualidade de vida”, quando nós não enxergamos isso ainda. Então, insisto: é fantasioso”, diz.

Emília faz fundas críticas a Nitinho, por acha que ele se alinha demais aos interesses do Executivo e amarrota a estima do Legislativo. “Nitinho, como eu já disse ao próprio, tem até um coração bom, mas está totalmente perdido. Ele não sabe que norte tomar, por estar inclinado demais a fazer a vontade do Executivo. Está subserviente demais, e por isso se perdeu. O coração dele é bom, mas a mente se perdeu por causa do poder e para atender aos interesses do Executivo”, afirma.

E tudo indica que esse estilão faz bem a dona Hiperatividade, ops, a Emília Correa. Depois de duas eleições pro Legislativo Municipal - em 2012, de onde saiu com 3.952 votos, ficou em 17º lugar, mas não chegou lá, e em 2016, com 3.652, em 14º, mas se elegeu - Emília se tacou nas águas de uma disputa por um mandato de deputada federal.

Saiu de lá com um cesto contendo 52.921 votos – isso são 49.269 votos a mais do que o que ela obtivera dois anos antes para chegar à Câmara Municipal. Nominalmente, foi a sexta mais votada do Estado, mas, por questões de legendas, não acessou Brasília - viu chegarem lá três candidatos com menos votos que ela, como Bosco Costa (47.778), Valdevan Noventa (45.472) e Fábio Henrique (35.226).

Na carreira pública, tem a hiperatividade como marca
Mas não perde a serenidade

DEFRONTANDO-SE COM O PAREDÃO DO MACHISMO
“As dificuldades maiores eu ainda sinto que são as questões do machismo, que são da cultura nossa e que ofendem, afetam, mancham. É deselegante, e foi o que mais entendi como complicações inicialmente”

JLPolítica - Quais foram as dificuldades e obstáculos que a senhora mais enfrentou nestes dois anos de Legislativo Municipal de Aracaju?
Emília Corrêa -
As dificuldades maiores eu ainda sinto que são, primeiro, as questões do machismo, que são da cultura nossa e que ofendem, afetam, mancham. É deselegante, e foi o que mais entendi como complicações inicialmente. Depois, como segundo, vi outra coisa, também terrível, que é o descumprimento do regimento e das regras. A falta de respeito às regras e às leis, mesmo sendo a Câmara uma Casa que faz leis. A mim causou mais estranhamento ainda porque eu venho da formação do Direito. Do respeito à lei. Às decisões.

JLPolítica - A senhora vê alguma sintonia entre esse descumprimento e a visão machista? É mais fácil o homem desobedecer a lei do que a mulher?
EC -
Sim. Entendo que haja, sim essa correlação. As mulheres respeitam mais as regras. São mais criteriosas. Os homens acreditam numa inteligência que eles acham que têm para passar por cima das regras, apostando em negligência, e que essa negligencia vai dar certo.

JLPolítica - A senhora considera que traz um estilo meio tribunal de júri para a tribuna do Legislativo Municipal de Aracaju, e isso lhe ajuda em quê?
EC –
Creio que sim. Não sei onde ou em que isso me ajuda, mas eu trago porque também é da minha natureza. Não só do tribunal do júri, mas da minha essência. Desde criança sou assim, até no jeito de falar com meus filhos, meus amigos - até mesmo agora aqui nessa entrevista. É meu estilo e minha formação. É natural de mim. Até em casa falo assim. Minha filha costuma me interpelar: “mãe, menos! A senhora não está no tribunal do júri”.

Tem 56 anos e nasceu em Lagarto

DA FALTA QUE QUE KITTY LIMA FAZ
“Havia uma união sim. Havia um fato comum. Afinal, somos mulheres, defendemos a causa feminina e da dos direitos das pessoas”

JLPolítica - Ser, literalmente, sozinha e única entre 23 homens é ruim ou isso não lhe intimida?
EC -
Não me intimida, mas é ruim. É ruim por causa da representatividade feminina.

JLPolítica - Havia sintonia na visão de gênero entre a sua atuação e a da ex-vereadora Kitty Lima?
EC -
Havia uma união sim. Havia um fato comum. Afinal, somos mulheres, defendemos a causa feminina e da dos direitos das pessoas.

JLPolítica - A ausência dela lhe fez falta?
EC –
Deixa um vazio de representatividade. Por isso tenho que me superar para suprir a ausência de mais uma mulher. Na verdade, eu gostaria que a representatividade na Câmara fosse meio a meio.

É filha de José Corrêa Sobrinho e Orlette Correa

DA VISÃO DE UM EDVALDO FECHADO, SEM DIÁLOGO
“Ele não conversa. Comigo nunca conversou, nunca me chamou para nada, absolutamente. E olhe, com toda sinceridade, não sinto a menor falta disso, porque sei que se eu fosse conversar, nada aconteceria”

JLPolítica - Qual é a bitola de parâmetro para medir a eficácia de um mandato de um parlamentar?
EC -
Está dentro desses critérios que eu falei - da fiscalização, da confecção de boas leis, e nos embates, debates qualificados, trazendo sempre as demandas da cidade. 

JLPolítica - Qual é a maior falha do prefeito Edvaldo Nogueira na relação com o Poder Legislativo?
EC –
Uma das maiores que enxergo, e acho que Aracaju também assim entende, é a de não conversar com as pessoas, com as categorias. De não ouvi-las. Vindo do PCdoB, que tem uma história e uma base de diálogo, é inaceitável.

JLPolítica – Edvaldo Nogueira conversa com o vereador que lhe faz oposição?
EC -
Ele não conversa. Comigo nunca conversou, nunca me chamou para nada, absolutamente. E olhe, com toda sinceridade, eu não sinto a menor falta disso, porque eu sei que se eu fosse conversar, nada aconteceria. Como não acontece muitas vezes quando dialoga com a bancada governista, imagine com a oposição.

É defensora pública

DA ABRANGÊNCIA DE UM MANDATO
“Fiscalizar, confeccionar leis justas, em defesa das pessoas, porque eu sou representante do povo e não de prefeito ou governador de plantão. A produtividade de um mandato está nessas questões”

JLPolítica - Ao seu ver, a culpa está nas mulheres ou na sociedade pelo fato de as mulheres serem tão minoria na ocupação de espaços nos Legislativos e Executivos do país?
EC -
Está na legislação, na cultura, na falta de firmeza na política pela falta de incentivo. Mas as mulheres têm chegado. A única coisa que espero é que elas cheguem-chegando e não para serem laranjas de ninguém.

JLPolítica - A senhora estranhou essa farra do PSL e das mulheres candidatas-laranja?
EC -
Sim. É lamentável. Eu sempre disse isso em discursos, na campanha, nas conversas: “mulheres, não se permitam ser números, não entrem na disputa para apoiar qualquer outro candidato”. Cheguem-chegando para marcar presença e mostrar competência.

JLPolítica - Qual é o conceito de produtividade que a senhora tem do seu mandato de vereadora?
EC –
O conceito que tenho é o da realidade, da essência do que representa um mandato. Por exemplo, fiscalizar, confeccionar leis justas, em defesa das pessoas, porque eu sou representante do povo e não de prefeito ou governador de plantão. A produtividade de um mandato está nessas questões. 

O pai empresta o nome ao Mercado Público de Lagarto

ARACAJU TEM UM LEGISLATIVO SEM INDEPENDÊNCIA
“Não existe nenhum tipo de independência, quando a Constituição diz que tem que haver, sim, independência. Existe conveniência, dependência e subserviência. O Poder Legislativo de Aracaju é como se fosse um anexo, um apêndice do Poder Executivo”

JLPolítica - A senhora tem queixas profundas ou pontuais do grau de independência do Poder Legislativo Municipal de Aracaju frente ao Executivo?
EC -
Tenho queixas profundas, porque não existe nenhum tipo de independência, quando a Constituição diz que tem que haver, sim, independência. Existe conveniência, dependência e subserviência. O Poder Legislativo de Aracaju é como se fosse um anexo, um apêndice do Poder Executivo. E isso é inadmissível.

JLPolítica – E isso se manifesta de que forma?
EC -
Manifesta-se nos “améns”, nas inclinações de dizer sempre sim a um Executivo que, ao invés de estar ajudando uma cidade, está destruindo-a. E outra que se reverbera é a mentira do Executivo, que chega lá como se verdade fosse. 

JLPolítica - De onde a senhora tira o conceito de que o prefeito Edvaldo vive num mundo da fantasia?
EC -
Tiro da própria fala dele, pelo conteúdo, pelo que ele enxerga que Aracaju tem, que Aracaju existe como uma cidade inteligente.

No primeiro dia do mês de janeiro de 2017, prestou o juramento que lhe fez vereadora do município de Aracaju

A ARACAJU DE EDVALDO É FANTASIOSA E NÃO REAL
“Ouço as pessoas reclamarem da saúde, dos buracos. E agora ele vem, num ano que antecede a eleição, e diz que a cidade está se transformando, voltando a ser uma “cidade de qualidade de vida”, quando não enxergamos isso. Então, insisto: é fantasioso”

JLPolítica - E não é?
EC -
Tudo isso é fantasioso, porque não vejo nada disso nas ruas. Eu ouço as pessoas reclamarem da saúde, dos buracos. E agora ele vem, num ano que antecede a eleição, e diz que a cidade está se transformando, está voltando a ser uma “cidade de qualidade de vida”, quando nós não enxergamos isso ainda. Então, insisto: é fantasioso.

JLPolítica - Então, a senhora diria que há duas Aracajus: uma real e uma criada pelo prefeito?
EC -
Exatamente isso. A da visão do Edvaldo Nogueira e outra, da visão do aracajuano, que é a real. Tanto é que tem uma postagem, que acho muito interessante, do Gepeto, que criou o Pinóquio, onde trocaram o nome do Pinóquio pelo de Edvaldo Nogueira, e por causa disso.

JLPolítica - Em que área o Governo dele se apresenta com maior deficiência aos olhos de uma vereadora de oposição?
EC -
Em várias. Mas uma é muito específica e gritante: a da saúde. Esta está numa desassistência total. Se correu e se buscou a terceirização, conseguida agora, quando se teve um 2018 inteiro para buscar melhorar a situação dos médicos e a situação da saúde, dentro da questão pública e não da terceirização. Outra coisa é a questão do concurso e da falta de aumento para o funcionário da saúde. Tudo isso é necessário. Ele preferiu terceirizar, e isso é gravíssimo. Assim como o IPTU, que não foi revogado. É muita coisa de fantasia, e Edvaldo diz que revogou.

Foi com João Alves, que perdeu e encerrou a carreira. Emília elegeu-se vereadora, depois de uma segunda tentativa, e começou a carreira

PRENSADA ENTRE BITTENCOURT E VINICIUS PORTO
“É triste o embate com qualquer um deles. Sofri ofensas terríveis na legislatura de 2017 com Antônio Bittencourt. Ofensas ao gênero, à mulher. E com Vinicius Porto, quase sem palavras, de tão baixo que é o nível do debate. Não fala a verdade. Ele fala tanta mentira”

JLPolítica - Quem se nega a fazer a licitação do transporte público, os empresários ou o Executivo?
EC –
Eu tenho impressão de que há um interesse de via dupla em não fazê-lo, porque isso favorece a ambos.

JLPolítica – Por que Edvaldo Nogueira, com esses defeitos que a senhora fala, consegue uma bancada tão majoritariamente a favor dele?
EC -
Deve existir alguma coisa. Um encantamento. Uma tendência a acreditar em histórias da carochinha. Essa é a explicação para que os vereadores digam tanto “amém” e reverberem as mentiras dele.

JLPolítica - Entre Vinicius Porto e Antonio Bittencourt, com quem o embate é, ou era, mais palatável para o estilo Emília Correa de ser?
EC -
É triste o embate com qualquer um deles, porque eu, por exemplo, sofri ofensas terríveis na legislatura de 2017 com o vereador Antônio Bittencourt. Ofensas ao gênero, à mulher inclusive - embora tenha sido negado. E com Vinicius Porto, quase sem palavras, de tão baixo que é o nível do debate. Ele não fala a verdade. Ele fala tanta mentira que nem ele próprio acredita, e sem mudar o tom, mas ofendendo a pessoa. Ofendendo a imagem, a mulher, o parlamento e a mim.

Hoje, está no Patriota, por onde tentou ser deputada federal. Chegou na sexta posição, mas seu partido não alcançou o coeficiente eleitoral

SE CONSIDERA UMA RADICAL OU UMA MODERADA?
“Nem radical nem moderada. Eu acho que há uma moderação em meio a muito calor (risos). Mas creio que não sou nem muito moderada nem muito radical. Não acredito nisso”

JLPolítica - Das ofensas que vieram de ambos, qual a que mais lhe marcou?
EC -
Não dá para escolher um dos. As duas fontes são quase na mesma medida, mas a do vereador Vinicius Porto ainda é mais terrível, porque a de Bittencourt foi como ofensa - ele me chamou de sepulcro caiado - e a de Vinicius é como mentira. E mentira é algo abominável. Sem falar na discriminação terrível contra a mulher - quando, no calor de um debate com outro colega, ele ficava falando que eu precisava tomar um remédio. “É uma desequilibrada, tem que chamar doutor Peçanha”. Isso é muito feio. 

JLPolítica - A senhora se considera uma radical ou uma moderada?
EC -
Nem radical nem moderada. Eu acho que há uma moderação em meio a muito calor (risos). Mas creio que não sou nem muito moderada nem muito radical. Não acredito nisso.

JLPolítica - A que figura a senhora e se refere no bordão dos seus discursos de que “Deus nos livre do homem mau”?
EC -
Tem vários homens maus. Mas a expressão é no singular, porque tem sempre um na minha frente. E naquele momento do discurso, eu individualizo. Mas não nomino ninguém. Às vezes é um vereador ou o prefeito - que está fazendo um mau tremendo ao povo de Aracaju.

Avalia que o parlamento aracajuano não é independente

JLPolítica - A senhora consegue desempenhar os papeis de vereadora e de defensora pública sem que isso prejudique a qualquer uma destas funções?
EC -
Graças a Deus, sim. A Defensoria Pública não tem nada o que reclamar, porque tenho atendido a contento ao trabalho da Defensoria, assim como ao da Câmara e ao da comunicação que faço no rádio e na TV. 

NITINHO TEM UM CORAÇÃO BOM, MAS ESTÁ PERDIDO
“Nitinho tem até um coração bom, mas está totalmente perdido. Não sabe que norte tomar, por estar inclinado demais a fazer a vontade do Executivo. Está subserviente demais. A mente se perdeu por causa do poder e para atender aos interesses do Executivo”

JLPolítica - A senhora tem queixa de Nitinho, enquanto presidente?
EC –
Nitinho, como eu já disse ao próprio, tem até um coração bom, mas está totalmente perdido. Ele não sabe que norte tomar, por estar inclinado demais a fazer a vontade do Executivo. Está subserviente demais, e por isso se perdeu. O coração dele é bom, mas a mente se perdeu por causa do poder e para atender aos interesses do Executivo.

JLPolítica – Mas pode se salvar?
EC –
Ele pode, sim. Mas tem que se afastar de Edvaldo, senão não se cura.

JLPolítica - A senhora subscreve o projeto dele de dotar a Câmara de uma sede própria?
EC -
Sim. Independentemente de quem seja o presidente, há a necessidade de uma nova sede. E não é para conforto dos parlamentares não. É também para isso, mas principalmente para o povo. Não tem onde receber as pessoas, não tem onde conversar, não tem como receber a imprensa, que fica numa sala no calor, o que dificulta o trabalho.

Não nega a possibilidade de tentar, como próximo diploma, o de prefeita de Aracaju

INDEFINIÇÃO DO QUE DISPUARÁ EM 2020
“Essa resposta eu ainda não tenho com firmeza. Não sei dizer se é uma coisa ou outra. Pode ser que seja a reeleição e pode ser a de prefeita, sim”

JLPolítica - De onde e de que circunstâncias vieram os seus 52.921 votos para a candidatura de deputada federal no ano passado?
EC -
Veio, certamente, de pessoas que estão acompanhando a rede social, o nosso trabalho, de pessoas que repassaram a admiração e ela se multiplicou de forma muito linda. Veio do povo sergipano, e essa foi uma grande alegria para mim. Veio, principalmente, do povo aracajuano, que a gente tem defendido ali naquela Casa.

JLPolítica - Da sua votação de vereadora em 2016, 3.652 votos, para a de deputada federal ano passado, houve uma diferença de49.269 votos pra cima. A senhora espera que essa proporção se manifeste numa eventual candidatura sua a prefeita em 2020?
EC -
Não sei lhe responder isso, porque cada eleição é uma eleição. A eleição de vereador, para mim, é a mais difícil que tem, porque você concorre com votos muito divididos. A eleição para deputado federal já não, amplia esse eleitorado. A de prefeito não tem proporcionalidade. São eleições diferentes e não sei se a votação ira se repetir.

JLPolítica – Afinal, a senhora disputará a reeleição ou vai enfrenar uma para o Executivo?
EC -
Essa resposta eu ainda não tenho com firmeza. Não sei dizer se é uma coisa ou outra. Pode ser que seja a reeleição e pode ser a de prefeita, sim.

É mãe de filhos de 30 anos - Rodrigo - e de 28 - Lara.
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