Estabilidade financeira
Por Ascom | 18 de Out de 2018, 13h46
Edvaldo Nogueira: \"Conceder reajuste para uma só categoria não seria justo\"
Prefeito volta a se posicionar sobre a greve dos médicos da rede municipal
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Edvaldo Nogueira: \"Conceder reajuste para uma só categoria não seria justo\"

Edvaldo Nogueira: \"Se a gente conceder aumento salarial, nossas finanças se desequilibram”

O prefeito Edvaldo Nogueira voltou a se posicionar sobre a greve dos médicos da rede municipal, deflagrada há mais de três meses. Em vídeo publicado nas redes sociais, nesta quinta-feira, 18, o gestor detalhou os motivos que impedem a administração municipal de conceder o reajuste solicitado pela categoria.

Segundo ele, a Prefeitura de Aracaju não pode atender ao pedido, no momento, para não comprometer a estabilidade financeira do município. “Você acha que se a gente pudesse pagar eu não teria concedido aumento aos servidores? Claro que teria. Mas, infelizmente, a Prefeitura não tem como honrar. Herdamos uma dívida de R$ 540 milhões e pagamos R$ 430 milhões. Mas ainda vamos virar o ano devendo R$ 110 milhões. Por tanto, se a gente conceder aumento salarial, nossas finanças se desequilibram”, explicou Edvaldo.

Na publicação, o gestor relembrou que, nos últimos 22 meses, a administração municipal já investiu R$ 1,85 bilhão no pagamento de 24 folhas salariais e enfatizou que o foco principal da Prefeitura é continuar honrando o pagamento dos servidores em dia. “Eu tenho a felicidade de dizer que, desde o primeiro dia do meu mandato, com um esforço gigantesco, estou pagando o salário do servidor em dia. Aliás, pagamos todos os salários e mais dois que tinham ficado atrasados da gestão passada, gestão esta que, inclusive, não conseguiu pagar o mês de dezembro de 2016 e o décimo terceiro porque concedeu um reajuste que não podia dar”, ponderou o prefeito.

Edvaldo destacou, também, que além de honrar com o pagamento do salário em dia, a atual administração tem se dedicado a devolver aos servidores os direitos que não foram assegurados durante os quatro anos que antecederam sua gestão. “Estamos fazendo agora o que não fizeram no passado. Todos os direitos estão sendo reconhecidos. Encontramos 5 mil processos engavetados na Prefeitura e estamos incorporando aos ganhos dos servidores. Hoje, sei que a maioria dos servidores está feliz com a Prefeitura de Aracaju porque está vendo os nossos esforços”, avaliou.

Edvaldo reconheceu a greve dos médicos como legítima, mas ressaltou que seria injusto a administração municipal atender ao pleito, apenas, desta categoria, em detrimento das demais. “Se eu conceder o reajuste aos médicos terei que atender ao pedido de todos os funcionários da Prefeitura de Aracaju. Não posso atender a uma categoria e não atender a outra. E, se for dado o reajuste a todos, não pagaremos os salários em dia. Os servidores já compreenderam a situação. É tanto que  hoje 70% dos médicos da Atenção Básica estão trabalhando”, afirmou.

Diálogo

Desde que a greve dos médicos foi iniciada, a Prefeitura de Aracaju vem mantendo o diálogo com a categoria, reforçando o respeito institucional pela entidade sindical. O último encontro ocorreu no final de setembro e foi conduzido por uma comissão, composta pela secretária da Saúde, Waneska Barboza, pelo secretário Governo, Renato Telles, e pelo secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão, Augusto Fábio Oliveira.  Durante a reunião, foi demonstrado aos representantes do Sindicato dos Médicos (Sindimed), mais uma vez, que a atual situação financeira do município não permite à gestão municipal conceder reajuste a nenhuma categoria funcional do município.

"Nós já os recebemos várias enquanto comissão de negociação, delegada pelo prefeito. Infelizmente, o que satisfaz a categoria é a concessão de reajuste, porém, como nós apresentamos em relatório financeiro do quadrimestre, o município não tem condição financeira de conceder esse aumento a nenhuma categoria, portanto não se trata de uma questão apenas relacionada ao Sindicato dos Médicos, mas todas as categorias. Conceder o reajuste traria um impacto que não podemos arcar, ocasionando em atrasos no pagamento", ressaltou a secretária municipal da Saúde, Waneska Barbosa, à época.  

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