Infraestrutura
Por Ascom | 01 de Ago de 2018, 17h12
Cohidro recebe demandas de agricultores familiares e assentados
Presidente Carlos Melo garante que equipes farão estudo de viabilidade
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Cohidro recebe demandas de agricultores familiares e assentados

Além dos agricultores, estiveram presentes a secretária Rose Rodrigues e o deputado João Daniel

Produtores rurais e assentados da reforma agrária em diversos municípios sergipanos estiveram na sede da Cohidro, na segunda-feira (30), reunidos com a diretoria da empresa. Acompanhados da secretária de Estado da Agricultura, Rose Rodrigues, do deputado federal João Daniel e de lideranças do MST e MCP, traziam demandas de infraestrutura hídrica em suas localidades, na perfuração e reativação de poços, e na manutenção e implantação de novos sistemas de abastecimento de água. O diretor-presidente Carlos Melo acolheu as reivindicações, garantido o envio de equipes da empresa para estudo da viabilidade para atendimento de caso a caso.

Secretária de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Maria Rosilene Bezerra Rodrigues é titular do órgão onde a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é subsidiária e, portanto, fez o papel de intermediar o acesso destes agricultores familiares aos serviços que a empresa executa. “São demandas de assentamentos, comunidades rurais de todo o estado de Sergipe, principalmente ligada a questão da segurança hídrica para consumo humano, em povoados e assentamentos. Alguns com necessidade de perfuração de poços, outros devidamente já perfurados aguardando a questão da rede. Enfim todos mobilizados, aqui cobrando do governo do estado a previsão para solução dessas demandas”, justificou.

“Nos últimos anos, muito já foi feito pela Cohidro e pela Deso por estas localidades rurais de Sergipe mais distantes, mas o flagelo da falta d´água para homem do campo não dá trégua e temos sempre que fazer mais. É preciso, no entanto, entender que existem formações geológicas em nosso estado que, ou não dispõem de água para tirar do subsolo ou esta água é salina. Nesse último caso, um sistema de abastecimento tem necessidade de um dessalinizador e por isso, os recursos, os prazos, e a dificuldade técnica e de logística para a implementação são respectivamente maiores. Quando o caso é de um poço de boa vazão e de água doce já existente, as dificuldades são bem menores para a instalação de um sistema de distribuição”, considera o presidente Carlos Fernandes de Melo Neto. Ele informa que está em processo licitatório na empresa a compra de bombas e tubulações para estas finalidades.

Felipe Caetano é coordenador estadual do Movimento Camponês Popular (MCP) e expõe que a expectativa desses agricultores é bastante grande, para ver a empresa atender suas requisições. “Aqui têm um conjunto de associações de comunidades que vieram ter uma conversa com a Cohidro para dar segmento a perfuração de poços artesianos para atender as comunidades rurais, que têm uma demanda muito grande por água para consumo, e a perspectiva é que pelo menos essas comunidades tenham parte dessa demanda atendida para que possam ter água para consumir e para fazer sua própria produção de alimentos”.

Ex-prefeito de Porto da Folha, Manoel Gomes De Freitas veio à reunião representando os moradores de três comunidades vizinhas do município e que compartilham as mesmas dificuldades, a da Serra dos Homens de Baixo, a de Cima e do Alto. “A demanda é perfuração de poços para atender essas três comunidades onde existe hoje um faixa de 400 famílias. E com a dificuldade de chegar um carro pipa, pelo o fato de ser alto, as estradas não dão condições. Então a viabilidade é a escavação de um poço artesiano de modo que venha a atender à necessidade daquelas famílias”, justifica.

José Ailton é representante do Movimento Sem Terra (MST), na reunião pleiteando ações da Cohidro para os assentados de três municípios do Sertão do São Francisco. “A necessidade lá é do poço artesiano do assentamento Maria Vitória, e no Apolônio Carvalho, em Gararu; em Itabi, no assentamento Seguidores de Canudos, lá no município de Graccho Cardoso, o (outro) assentamento Apolônio Carvalho. Aquele pessoal sofre muito com a questão da seca e não tem água, principalmente nesse período agora, eles compram água no caminhão pipa para abastecer aquele local, tanto a questão humana como a questão animal”, relatou.

Vereadora em Itabaianinha, Maria Evânia da Silva representou à população rural do município, acompanhando os representantes das associações de produtores rurais nas localidades onde existe a necessidade de ações de infraestrutura hídrica. “A demanda foi de poços artesianos, que a comunidade está sofrendo com relação a água. Então, foi uma reunião muito importante com o presidente da Cohidro, junto com o deputado João Daniel e a secretária de Estado Rose. E teve o Paulo Sobral, ele colocou nossas demandas para serem atendidas esse ano ainda”, salientou.

“Cada uma dessas demandas deve ser analisada separadamente, pois são realidades distintas e trabalhos distintos. Por isso, o que podemos garantir é o envio de nossas equipes que podem avaliar cada situação. Seja para locar, ou seja, determinar a viabilidade e o local exato onde se é possível perfurar um novo poço; ou então as equipes que fazem o bombeamento e limpeza dos poços perfurados e que ainda não receberam nenhuma infraestrutura. Da mesma forma que, no caso de sistemas já implantados e inoperantes, também podemos fazer a avaliação preliminar para reativa-los”, argumenta Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro.

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