A questão da segurança pública foi tema de debate nesta quinta-feira, 7, no Plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese. Durante o discurso do deputado Luciano Pimentel sobre os dados da violência em Sergipe o deputado estadual Moritos Matos (Rede) solicitou a aparte para também explanar sobre esse tema. “Parabéns pelo discurso, vossa excelência fez um levantamento profundo e mostrou os dados da violência do Estado. E em relação a vinda do secretário de Segurança Pública fiz no ano passado um requerimento autorizado por esta Casa para que ele pudesse trazer as informações sobre que tipo de política pública está sendo adotada em relação a questão da segurança no nosso Estado”, ressalta o deputado Matos.

De acordo com o parlamentar, há necessidade de policiamento ostensivo, mas que o Estado necessita também de políticas públicas que possam trabalhar melhor as crianças e os jovens. “Para que não entrem na marginalidade. Eu não acredito em determinismo, no dia que eu acreditar nisso eu deixo de acreditar em Deus, porque eu não creio que Deus seja tão perverso a ponto de mandar, que por exemplo, no nascimento de duas crianças uma já venha determinada para ser marginal e a outra para ser uma pessoa descente. Eu acredito que as condições, o modo de criar e a questão da atenção as nossas crianças e aos nossos jovens seja um ponto a ser analisado, nisso nós estamos falhando. E essas políticas públicas infelizmente não estão dando resultado”, avalia Matos.

O deputado lembra que para agravar essa situação o Governo Federal congelou por 20 anos o investimento em Políticas Públicas. “Com essa medida observamos que não é prioridade cuidar das pessoas. Falta amor, porque quando se ama a gente cuida, quando há amor se quer o bem do outro, mas infelizmente os nossos governantes não tem amado seu povo, não tem dado verdadeiramente felicidade para o povo. Darci Ribeiro tem uma frase da década de 80 em que ele disse: ‘ou se investe em educação agora ou no futuro faltará dinheiro para construir presídios’. E é isso que está acontecendo no Brasil. Infelizmente não priorizam a educação, não priorizam o ser humano. Essa é a nossa realidade”, lamenta o deputado Matos.