ENTREVISTA
Por Ascom | 02 de Jul de 2018, 09h26
Henri Clay critica reforma trabalhista e diz que Temer é um “vampirão cruel”
Ele avaliou que a reforma trabalhista estabeleceu um ‘pacote de crueldade’
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Henri Clay critica reforma trabalhista e diz que Temer é um “vampirão cruel”

Henri Clay é pré-candidato ao Senado (Foto: Divulgação)

Em entrevista concedida hoje (quinta-feira, 28/06) na Rádio Comércio de Aracaju, o pré-candidato do Partido Pátria Livre (PPL) ao Senado, Henri Clay Andrade, fez duras críticas à reforma trabalhista e ao governo do presidente Michel Temer, a quem ele classificou como “vampirão cruel, desumano, indecente e imoral”. Segundo HC, a reforma está agravando o problema do desemprego. 

 

“A reforma trabalhista é o maior retrocesso social, a maior perda de direitos da história política e social do Brasil. É um retrocesso ao início do século passado, a antes da década de 30. Essa política que Michel Temer tem implementado gera perda de muitos direitos para o conjunto da população brasileira, e estamos falando com base, temos conhecimento jurídico para dizer isso, temos fundamento”, falou o pré-candidato ao Senado.

 

Atuando como advogado trabalhista há 25 anos, ele frisa que o povo, os trabalhadores, estão sofrendo com o que ele chamou de “deforma” trabalhista, que estaria incrementando o desemprego. “Nós estamos vendo aí, de novembro para cá, o desemprego em massa. Há dez anos, no governo Lula, o índice de desemprego chegou a 4%. Hoje estamos a quase 15% de brasileiros desempregados”, lembrou HC.

 

Ele avaliou que a reforma trabalhista estabeleceu um ‘pacote de crueldade’, por possibilitar o trabalho temporário e a terceirização ampla, geral e irrestrita, para todos os setores. “O contrato de trabalho hoje, que é por prazo indeterminado, há uma tendência das empresas demitirem em massa para fazer a contratação intermitente ou terceirizada, porque é mais interessante. A empresa visa legitimamente o lucro, e se a legislação lhe dá esse direito, ela vai buscar”, continuou.

 

O advogado e ex-presidente da OAB explica que há tendência de acontecer uma grande rotatividade no emprego: “Você trabalha um tempo e depois fica desempregado, vai para fila buscar outros empregos intermitentes, e com um salário menor. As estatísticas mostram que trabalho terceirizado significa, nas estatísticas, salários 40% menores. Aí ainda querem fazer a reforma da previdência, para contribuir por 40 anos. E como contribuir se você vai ter emprego intermitente e não vai contribuir enquanto estiver desempregado?”, questionou.

 

Vampirão e quem o sustenta
Na entrevista, o pré-candidato ao Senado não economizou críticas ao presidente Temer e aos seus aliados. “Esse Temer, esse vampirão, é cruel, desumano, indecente e imoral. Ele e quem o sustenta, porque ele não está ali sozinho. Existe os seus asseclas que o sustentam no poder para fazer essa crueldade: Entregar nossa economia nacional, enfraquecer os pequenos e médios empresários, comerciantes e produtores rurais”, falou ele.

 

“O comércio está passando dificuldade e é quem dá emprego ao nosso povo. A política do governo não está voltada para as empresas nacionais, mas sim para os grandes financistas e empresas multinacionais. Queremos defender os trabalhadores e a economia nacional, a empresa nacional, o comércio. Fortalecer o pequeno e o médio comerciante, que é quem gera emprego no país. Não são financistas e essas multinacionais, que sugam do nosso país e levam riquezas para fora do país”, insistiu.

 

Petrobras e Fafen
O pré-candidato ao Senado ainda criticou o governo Temer por ter a intenção de privatizar a Petrobras e a Fafen. HC afirmou que o governo espera chegar outubro e passar as eleições para tirar a Fafen de Sergipe. “A Fafen era para ser vendida agora, mas seguraram para enrolar o povo até o dia 7 de outubro. Mas temos que denunciar e trabalhar para que Sergipe não perca a Fafen e depois a Petrobras”, destacou.

 

“Sem a Fafen e sem a Petrobras, Sergipe vai ficar em estado de penúria, nossa economia, o desemprego vai aumentar. Temos que defender a Petrobras e a Fafen com todas as nossas forças. E não vai ser votando nos partidos que estão ao lado de Temer que isso vai acontecer. Não é só Temer, é a política que ele sustenta, que é defendida por outros candidatos e políticos”, explicou o advogado

 

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